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sábado, 22 outubro 2022 11:43

Cabo Delgado: Cidadãos de Pemba preocupados com crescente ondas de ataque

Cabo Delgado: Cidadãos de Pemba preocupados com crescente ondas de ataque Zonas afetadas pelo terrorismo em Cabo Delgado
Desde Outubro de 2017 que a província de Cabo Delgado vem sendo alvo de ataques terroristas, perpetrados pelo então conhecido grupo Jihadista Al-Shabab, que  tem semeado caos no seio da população daquela parcela do país.
 
Há cinco (5) anos que os ataques terrorista dizimam vidas humanas e bens materiais, estes indivíduos atearam fogo de forma parcial à Província, nomeadamente: Mocimboa da Praia, Macomia, Quissanga, Muidumbe, Nangade, Namumo, Ancuabe e o mais recente ataque na zona de Nacoja em Ancuabe, proximo a localidade de Nanhupo no distrito de Montepuez.
 
Os cidadãos de Pemba dizem-se preocupados com a situação que está a ganhar outros contornos na regiao Norte de Moçambique.
 
"A situação é demasiado preocupante, e cada dia estão a somar territórios, hoje é Nanhupo, amanhã pode ser nos arredores, mas por outra eu penso que estão precipitados porque estão a receber baixa. E o Governo está a fazer o seu máximo para estabilizar a província"- Disse Jadah Marto, Cidadão de Pemba.
 
" Estamos a ter medo, porque ora atacaram Nampula, ora Memba e agora é Nanhupo. Coisas como essas tiram o sossego da população mesmo aqueles lugares que ainda não atacaram é de ter medo, uma vez que quando a casa do teu vizinho queima é provável que a tua seja a próxima" - Disse Amulia Cadre, Municipe de Pemba.
 
Na mesma ocasião, os alguns municipes de Pemba aproveitaram a oportunidade para saudar o esforço das Forças de Defesa e Segurança (FDS) que combatem sem treguas o terrorismo em Cabo Delgado.
 
" A força de defesa, está a fazer um óptimo trabalho, é de se louvar o esforço que estão a fazer, até agora conseguimos notar que algumas pessoas estão a voltar nas suas zonas de origem, como Quissanga, Mocímboa da Praia" - Sublinhou Amade Anli, Residente no distrito de Metuge.
 
Todavia, vale referir que desde a eclosão desta manifestação violenta perpetrada por indivíduos aparentemente motivados por questões religiosas, estima-se cerca de 2.000 mortes, milhares de feridos e cerca de 700.000 deslocados, provocando assim uma crise humanitária.(x)
 
Por: Saide Issa Braz
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