O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na Direcção Provincial de Cabo Delgado, em Pemba, apresentou aos órgãos de comunicação social nesta sexta-feira (16.06) três indivíduos indiciados de terem assassinado Rute Massingue funcionário da Direcção Provincial da Indústria e Comércio, no passado dia 10 de Junho de 2023 na Cidade de Pemba.
Segundo revelou a Porta-voz do SERNIC, Noêmia João, os três indivíduos que teriam cometido o homicídio, foram interpelados no dia 14 de Junho, em Pemba, sendo que um dos mesmos, é cabecilha do crime.
“Foi possível neutralizar no dia 14, três indivíduos suspeitos nesta prática de crime, dentre eles um cabecilha que foi encontrado na posse de bens da malograda, sendo uma carteira vermelha que continha vários documentos e um telefone infinix”- disse a Porta-voz do SERNIC, Noêmia João.
Trata-se de Eugênio Eusébio de 37 anos de idade, Rajabo Assumane de 27 anos e Pira Ali de 17 anos, que estão a contas com o SERNIC.
Este primeiro, considerado cabecilha do crime que culminou com a morte da jovem por estrangulamento, terá praticado actos com o mesmo Modus operandi no distrito de Chiúre, onde matou uma professora, segundo avança o SERNIC.
“Neste mesmo caso o cabecilha deste grupo do homicídio que aconteceu no bairro Eduardo Mondlane, ele também cometeu o mesmo tipo de crime com o Modus operandi no distrito de Chiúre isto aconteceu em Abril do ano de 2022, se fazia passar de táxi mota dando boléia a malograda que era uma professora de Chiúre e chegando no intervalo entre Chiúre e Maipa uma das localidades do distrito de Chiúre, este acabou também estrangulando a malograda, dizer que a malograda do caso do bairro Eduardo Mondlane esta foi vítima de estrangulando com uma corda no pescoço” - referiu a Porta-voz do SERNIC, Noêmia João.
O principal autor do crime, confessa que esteve no local do ocorrido, mas diz que não a matou e que foi ameaçado por um indivíduo vulgarmente conhecido por "maputeco" entre os indiciados.
“Por me ameaçarem eu tava com medo, a dizer que você anda a complicar neste lugar, a dizer que controla carros se querer complicar agente vai matrecar então convem só a gente fazer a gente se dividir dinheiro, a forma que ele estava eu estou a ver que se não tivesse com arma quase tinha catana tava bem sério e outro aqui também a reclamar a dizer que experimenta lá a gente conhece você, se você quer falar muito a gente vai te matrecar”- disse o cabecilha do crime, Eugênio Eusébio.
Por um lado, o considerado Taxista Rajabo Assumane de 27 anos que transportava em sua viatura, o maputeco que está a monte das autoridades, nega as acusações e argumenta que no Restaurante Kimbo não se faz táxi.
“Como eu levei maputeco não sei para onde, ninguém faz taxi carro no kimbo, no kimbo a pessoa chega deixa cliente volta que eu lembro que esse senhor eu não conheço, eu estou a negar sim e eu não estava esse dia essa dia eu não estava não sabia nada eu ouvi aqui mesmo essa informação aqui no SERNIC, não conheço né maputeco né quém wallahi billah, não conheço né maputeco esse está a mim incriminar aqui está a me acusar, no kimbo eu foi a muito tempo não sei malta mês passado porque o dono me pedia o carro para fazer manutenção geral esse dia 9 que aconteceu esse assunto eu não estava com o carro”- disse o segundo indiciado, Rajabo Assumane.
Por outro, o indiciado de 17 anos de nome Pira Ali, tido como o ajudante do crime, diz se ofendido pelos outros e que nunca teve um amigo "maputeco".
“Essa senhora eu conheço aqui no SERNIC agora essa aí lhe via no Quimbo acontrolar carro e depois foi sumir sem aparecer mais também o coiso o dia de acidente eu não lhe vi essa também não lhe vi,nada eu não tenho meu amigo maputeco não tenho meu amigo de meior de idade não estava só que eu estava com meus amigos meus amigos estão lá mesmo,estou aqui porque essa senhora está a me ofender que conheço maputeco eu não. Conheço ninguém não tenho meu amigo maputeco nunca na minha vida brinquei com maputeco”- disse o terceiro indiciado, Pira Ali.
Das causas de agressão, consta que os indiciados teriam morto a cidadã por alegadamente pensar que tinha dinheiro, porém ao que tudo indica falta a detenção do outro indivíduo que pôs se em fuga após o ocorrido e a SERNIC está a trabalhar para a neutralização do mesmo.
“Diligências ainda continuam para a neutralização de um dos comparsas e foi lavrado o respectivo expediente e remetido ao Ministério Público para outros termos processuais”- disse a Porta-voz do SERNIC, Noêmia João.
Refira se que Rute Massingue foi morta por estrangulamento com recurso a um atador de sapatos. O cabecilha do crime esteve na posse dos bens da malograda, sendo uma carteira vermelha que continha vários documentos e um celular de marca Infinix.(x)
Por: Saide Issa Braz
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