Os Munícipes da Cidade de Pemba estão preocupados com a subida de preços de produtos da primeira necessidade, onde o destaque vai para milho, arroz, farinha de milho, cebola, tomate e açúcar.

Joaquina Ernesto, munícipe de Pemba, disse que esta situação começou a se verificar no princípio do mês de janeiro do presente ano.

"Nos últimos dias temos enfrentado dificuldades devido a subida galopante de preços de produtos da primeira necessidade ao nível dos mercados com destaque para milho, que passou dos antigos 150 mts por lata para 350 mts. Paralelamente ao milho oque também conheceu uma subida galopante foi 25 kg de arroz que passou dos anteriores 1150 para 1350 mts. Lata de feijão que antes custava 250 a 230  mt agora pode ser adquirido por 500 a 600 mts” - lamentou Joaquina Ernesto.

"O que está a um preço pouco mais elevado é a cebola. No ano passado custava 80 mts por kg, mas agora custa 100mts, farinha de milho está caro se comparado com o ano transato” - disse João Anônimo, munícipe de Pemba.

Jacob Elias, representante do mercado central da Cidade de Pemba, justificou a subida dos preços socorrendo-se da quadra festiva do natal e do fim de ano.

"Na quadra festiva, o preçário tem sido elevado devido maior procura dos produtos, pois os comerciantes na aquisição dos produtos as vezes têm tido problemas." - explicou o representante do mercado central da cidade de Pemba Jacob Elias.

Entretanto, o Director Provincial de Indústria e Comércio, Nocif Francisco Magaia, disse em exclusivo a Zumbo FM noticias, que a subida de preços dos produtos  da primeira necessidade em alguns casos como  açúcar, óleo e sabão deve-se ao ajustamento e inclusão do IVA, e para outros produtos a situação fica devido as dificuldades no transporte por causa do tempo chuvoso e o desabamento da ponte em Moeda.

"Existe outros produtos que subiram o preço devido o ajustamento e inclusão do IVA no caso do açúcar, óleo e sabão  que foi ajustado em função da censação das facilidades que eram concedidas para inserção ao IVA, o resto dos produtos têm um comportamento muito temporário que tem haver com entrada de novos produtos no mercado, geralmente em Janeiro e Fevereiro por causa da intensificação das chuvas, pois as últimas colheitas estão no seu ponto mais baixo e se esta a espera das colheitas da próxima safra. Esse momento transitório é  caracterizado por algum tipo de especulação de preços, ou mesmo algum tipo de aproveitamento também por parte de alguns  comerciantes em toda provincia" - explicou o Director Provincial de Indústria e Comércio, Nocif Francisco Magaia.

A fonte frisou que o desabamento da ponte em Moeda influência também a subida de preços nos mercados, pois existem comerciantes que se aproveitam da situação.

"No época de chuva há dificuldades em gerir estoque de sal porque o sal é produzido e armazenado próximo do mar, pois quando chove aquele sal fica exposto a chuvas e o sal derrete, assim criando escassez de sal em Moeda, oque  consecutivamente cria a  subida do preço de sal no mercado, porque não há sal para todos os dias, o desabamento da ponte de Moeda influencia também  a subida de preços pois as pessoas que estão no mercado ao norte de Moeda, Nangade por aí indianite temporariamente subiram o preço dos produtos. Nós como Direção Provincial de Industria e Comércio pusemos uma equipe lá para corrigir, mas os consumidores estão em vários locais as vezes não é possível estarmos em toda parte ao mesmo  tempo, então alguns comerciantes aproveitam e fazem preços altos, não é porque temos problemas no abastecimento do açúcar, portanto nós estamos a viver numa época em que os comerciantes ainda continuam se aproveitando da subida de preços na quadra festiva passada" - explicou o Director provincial de Indústria e Comércio de Cabo Delgado, Nocif Francisco Magaia.

Por: Vandame Florêncio Damião.

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