Pelo menos 2,3 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária em Cabo Delgado, devido à insegurança e violência provocada pelos ataques terroristas, segundo dados das Nações Unidas na província de Cabo Delgado.

Este dado foi apresentado nesta quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2024, pela Especialista em Advocacia, Comunicação e Parceira do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Miraldina Gabriel, num slide com título “ impacto do conflito armado nas crianças em Cabo Delgado”.

Miraldina Gabriel, disse em exclusivo a Zumbo FM Notícias que, a situação da criança em Cabo Delgado é preocupante, devido os ataques terroristas.

"Sim estamos preocupados, quando nós falamos que a situação da criança aqui em Cabo Delgado é preocupante, é por conta do encerramento de muitas escolas, devidos aos conflitos protagonizados pelas forças armadas não estatais, em alguns Distritos da província, e isso fez com que algumas escolas fossem enceradas e continuam até hoje. Então muitas crianças, continuam ainda sem acesso a educação que é um direito básico para criança, as unidades sanitárias tiveram que serem encerradas, destruídas por conta disso e algumas crianças estão logem das suas famílias" - disse a Especialista em Advocacia, Comunicação e Parceira do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Miraldina Gabriel.

A fonte disse ainda que, o Governo, a UNICEF e outros parceiros, estão apoiar as crianças em diferentes áreas e fala das consequências dos últimos ataques terroristas de Chiúre.

"A maior parte dos programas que UNICEF está implementar aqui em Cabo Delgado, são principalmente em resposta a toda essa situação e na área de educação, nutrição, na área água e saneamento, então, tudo isso estamos a fazer juntos com o Governo, para devolver as crianças ao convívio famíliar, mas ainda assim, não se completou isso, com a situação recente que o Distrito de Chiúre viveu, algumas famílias tiveram que se deslocarem por conta da insegurança e estamos no período de aulas, então vamos olhar para uma família que tem uma criança em idade escolar, então tiveram que abandonar as suas zonas de origem e procurarem um abrigo seguro na zona de Chiúre Sede, isso significa que essa criança, pelo menos, por um mês vai ficar sem frequentar a escola e dependo da situação pode ser de rectorno ou não, essa criança que se deslocou junto a sua família da sua zona de origem não está a frequentar a escola, então isso não é uma situação fácil para as crianças. Nós estamos no início do ano lectivo, daqui a pouco as avaliações vão começar, e essa criança se calhar está num período de tentar entender como que será a sua vida e da sua família, provavelmente ela não consiga até o período das avaliações retomar a escola" - explicou, a Especialista em Advocacia, Comunicação e Parceira do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Miraldina Gabriel.(x)

Por: António Bote

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