O Bispo da Diocese de Pemba, Dom António Juliasse, reagia assim ao recente anúncio da Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Verônica Macamo, que aponta para até Julho próximo, a retirada das forças da Missão Militar da SADC que operam no combate ao extremismo violento em Cabo Delgado, sob alegação de exiguidade de recursos financeiros.
Dom Juliasse, disse em exclusivo a Zumbo FM Notícias na tarde desta Segunda-feira, 01.04.2024, não encontrar uma posição certa sobre a possível mudança retirada das forças da SAMIM, mas entende ser uma retirada sem glória, porque o objectivo que às trouxeram em Moçambique, ainda não foi alcançado.
"Apoiar ou não apoiar, é sempre uma posição complicada. Apoio a retirada das posições de SAMIM em Moçambique, por ser este um País soberano e deve criar sua capacidade de defesa. O País deve defender o seu povo e defender também o seu território. No entanto, ficam as questões: (...) porquê que a tropa da SADC veio a Cabo Delgado? (...) escutamos que as razões são financeiras. Praticamente será uma retirada sem glória, porque não se atingiu o objectivo. É uma retirada no fracasso e é muita pena, por porque não deveríamos transmitir este sentido de coisas na nossa região para a juventude. A região precisa mostrar que tem capacidade de enfrentar situações [de ameaça] de segurança em conjunto e vencer" - disse o Bispo da Diocese de Pemba, Dom António Juliasse.
O responsável da Igreja Católica em Pemba, exorta a todos para mobilizarem capacidades necessárias de modo a trazer a paz na Província de Cabo Delgado.
"Continuo a fazer o apelo à comunidade nacional e internacional para que se tome muito a peito o que se vive aqui em Cabo Delgado. Devemos todos mobilizarmos as capacidades necessárias para que se abram os caminhos da Paz para Cabo Delgado" - apelou o Bispo da Diocese de Pemba, Dom António Juliasse, em exclusivo a Zumbo FM Notícias.
A Província de Cabo Delgado, localiza-se na zona norte de Moçambique, e está sendo assolada pelo terrorismo desde dos meados de 2017, e o conflito já provocou mais de um milhão de deslocados e dados estatísticos indicam que já há cerca de quatro mil mortos.(x)
Por: António Bote
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