Fontes ouvidas está segunda-feira, 13.05.2024, relataram a Zumbo FM Notícias, que a vila está relativamente calma e a população começou a regressar desde da manhã de domingo último depois de relatos de que, os terroristas deixaram a vila de Macomia por volta das 14h de sábado.
"Eu voltei no sábado anoite, eles saíram as 14h agora, eu neste momento estou de viagem para Pemba, mas hoje o ambiente está calmo e uma boa parte de pessoas já regressou. Eles entraram na sexta-feira, mataram duas pessoas e vandalizaram lojas"- disseram fontes locais em contacto telefónico com a nossa reportagem.
Na última sexta-feira, o Secretário do Estado na Província de Cabo Delgado, António Supeia, garantiu que as Forças de Defesa e Segurança tudo estão a fazer para devolver a paz e tranquilidade naquele Distrito.
O Ministério da Defesa, confirmou na última sexta-feira o ataque terrorista a Vila de Macomia, garantido que um dos líderes dos terroristas foi ferido pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e um morto.
“O ataque durou cerca de 45 minutos e os terroristas foram prontamente repelidos pela acção coordenada das Forças, que obrigaram o inimigo a recuar em direção ao interior do Posto Administrativo de Mucojo”- escreveu o Ministério da Defesa em comunicado de imprensa.
O mesmo ataque foi igualmente confirmado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no procedimento da visita de trabalho que efetuava ao Distrito de Magude, Província de Maputo, um pronunciamento que foi duramente criticado por alguns moradores de Macomia, através de vídeo posto a circular nas redes sociais.
Na sequência dos ataques, a Médicos sem Fronteira suspendeu as suas actividades a nível do Distrito de Macomia.
"Após confrontos e saques durante e após um ataque de grupos armados não estatais à Cidade de Macomia, em Cabo Delgado, Médicos Sem Fronteiras realocou temporariamente alguns integrantes da equipe e suspendeu suas actividades em Macomia, enquanto avaliamos a situação e revisamos nossa configuração operacionais. Continuamos profundamente preocupados com o impacto dessa violência para as pessoas que vivem em Macomia, incluindo o deslocamento forçado."- escreveu a Oficial de Comunicação na Médicos Sem Fronteira em Cabo Delgado, Larissa Verdier. (x)
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