Os ataques terroristas, foram registados pela primeira vez no Distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, nos finais do ano 2017, e foram se alastrando para o resto da Província. Desde lá para cá, já foram fechadas 4.965 empresas instaladas nesta região norte de Moçambique.
A informação foi prestada está terça-feira, 11.06.2024, pelo Presidente do Conselho Empresarial e representante da CTA em Cabo Delgado, Mahamudo Irachi, em exclusivo a Zumbo FM Notícias.
"Já são 4.965 que fecharam desde que eclodiu esse terrorismo. É um défice grande, é a quebra da economia na nossa Província, e essa seria uma preocupação do Governo em devolver a segurança para essas empresas voltarem a fazer as suas actividades, porque as empresas contribuem para o crescimento da economia"- informou, Mahamudo Irachi.
O Presidente do Conselho Empresarial e representante da CTA em Cabo Delgado, explicou ainda que o terrorismo trouxe uma crise económica e financeira, pelo que, as empresas estão na inoperância.
"O terrorismo na nossa província de Cabo Delgado, esta trazer uma crise económica, uma crise financeira, porque, não está a deixar o empresário a fazer as suas actividades. Não deixa também os empresarios externos a entrarem na nossa Província e os investidores, não estão a entrarem na nossa Província. aliando estas dificuldades, automáticamente o sector privado de Cabo Delgado, está privado a fundos"- vincou.
O Representante da CTA em Cabo Delgado, fez saber que, uma das grandes consequências causada pela crise económica e financeira no sector empresarial é a incapacidade no pagamento de salários aos trabalhadores, e culmina com o despedimento destes.
"Nas empresas é um caos, imaginemos, há empresários que neste momento já não tem trabalhadores, porque não podem pagar, devido a falta de receitas. Se ponhamos que é um empresário que é de agro-negócio, o agro-negócio faz-se em Muidumbe, Macomia, Mocímboa da Praia, praticamente esses empresários do sector da agro-negócio, não está a fazer as suas actividades. Temos a situação de Nangade, que há empresários que vivem da produção de castanha de caju, e neste momento a não conseguimos fazer as limpezas, praticamente o empresário já está com défice de pagamento de salários dos seus trabalhadores, o que culmina com a diminuição dos trabalhadores e cada vez mais que os trabalhadores são despedidos, já é um problema da para a Província. Estamos a falar a situação de turismo por exemplo, temos muitas instâncias turísticas que agora não estão a operar, por exemplo em Macomia, Quissanga e algumas instâncias em Mocímboa da Praia, já não estão a operar devido a insegurança e foram juntamente com os trabalhadores. Os trabalhadores agora estão a tua sorte não é por motivos de empresário"- referiu.
Mahamudo Irachi, afiançou que, o restabelecimento da segurança na Província é fundamental, daí que, exorta ao Governo moçambicano a repó-la.
"Há necessidade que o Governo olhe a situação de segurança de Cabo Delgado. Se a segurança retomar aqui na Província de Cabo Delgado, e o empresário vai perceber que qual e o posicionamento financeiro que ele tem na nossa Província"- sublinhou. (x)
Por: António Bote
Anuncie o seu produto ou marca no nosso website. Partilhe as noticia da Zumbo FM Noticias com os seus contactos. Muito Obrigado por visitar o nosso website!