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quarta-feira, 10 julho 2024 11:38

Cabo Delgado: Mais de 20% das raparigas menores de 16 anos vivem em uniões prematuras

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Os Distritos de Namuno, Balama, Chiúre e Ancuabe na Província de Cabo Delgado, são tidos como pioneiros onde os casos de uniões prematuras são mais notórios, segundo o Director Provincial de Transportes e Comunicações, Nelson Pereira, que falava em representação do Governador desta Província, Valige Tauabo.

Nelson Pereira, disse na Cidade de Pemba está quarta-feira, 10.07.2024, durante a cerimónia do encerramento do projecto UHOLO-Raparigas e Jovens implementado pela Pathfinder Internacional, que mais de 20% das raparigas menores de 16 anos vivem em situações de uniões prematuras nos Distritos acima referenciados.

"Segundo as projeções do último senso populacional de 2017, a Província de Cabo Delgado tem uma população constituída maioritariamente por mulheres, o correspondente a 52%. As crianças, adolescentes e jovens, representam mais da metade da população de acordo com o relatório de Centro de Pesquisa em População e Saúde, mais de 20% das meninas menores de 16 anos, estão unidas maritalmente nos Distritos de Namuno, Balama e Chiúre, e mais de um terço das raparigas menor dos 18 anos estão unidas mareotariamente nos mesmos Distritos, incluindo o Distrito de Ancuabe",-prosseguiu.

O dirigente, informou ainda que, ao longo do projecto UHOLO, várias actividades foram desenvolvidas pelo Conselho Executivo de Cabo Delgado, junto a Pathfinder Internacional no sentido de reduzir aquele mal que retarda o sonho das raparigas.

"Nesta senda, o Conselho Executivo Provincial de Cabo Delgado juntamente com a Pathfinder Internacional, através do projecto UHOLO desenvolveu várias actividades no combate às uniões prematuras um contributo que julgamos ser determinante nos esforços no combate a este mal, em defesa dos direitos das raparigas, adolescentes e jovens em torno do bem estar das comunidades e desenvolvimento da Província", explicou.

O Director Províncial de Transporte e Comunicação, apontou que as uniões prematuras contribuem para o aumento da taxa de mortalidade materna infantil, como também, retarda o alcance da meta de educação para todos.

"As uniões prepamaturas, constituem uma violão dos direitos das raparigas, adolescentes e jovens com consequências graves na saúde reprodutiva e atraso no desenvolvimento por parte das pessoas envolvidas. As uniões prematuras, contribuem para o aumento da taxa de mortalidade materna infantil e são factores determinantes para o fracasso dos esforços no alcance da meta de educação para todos", concluiu.

O projecto UHOLO-Raparigas e Jovens, que encerra hoje 10 de Julho de 2024, teve início no mês de Setembro do ano 2020. (x)

Por: António Bote

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