O Advogado, Alexandre Chivale, que falava na noite desta segunda-feira, 22.07.2024, durante uma grande entrevista na TV Sucesso, disse que o Ex-Ministro das Finanças, Manuel Chang, que está sendo julgado nos Estados Unidos da América no âmbito do escândalo das dívidas ocultas, será inocentado pelo que, não foi ele que vendeu os títulos da dívida aos investidores norte-americanos, mas sim, o então Ministro da Economia e Finanças em 2016, ou seja, o actual Primeiro Ministro, Adriano Maleiane.
"É preciso chamar atenção aqui um aspecto importante, é que hoje o departamento de justiça americano mudou um pouco a sua perspectiva já não fala tanto de investidores americanos que teriam sido eventualmente burlados, mas quer nos apresentar a ideia de um Credit suisse como vítima no processo, felizmente eu considero a acusação dos EUA muito insípida, e muita das vezes me pergunto "porquê razão Manuel Chang, tem que ser julgado nos Estados Unidos?!" As pessoas não percebem muito e não se questionam, só dão pulo de alegria, a verdade é que o que está a ser julgado nos Estados Unidos é a emissão dos títulos da dívida da Ematum, como aquilo que eram títulos que o Credit suisse tinha desta dívida, foram vendidos a alguns investidores americanos e essa venda foi feita apenas em 2016, e quem estava a frente deste processo é o Ministro Maleiane, que era Ministro das Finanças, nesta altura, foi quem vendeu os títulos da dívida da Ematum aos investidores americanos. Portanto, Manuel Chang está ser julgado porque é entendimento da acusação Norte-americana, de que todo o processo de contratação das dívidas foi feita com o objectivo de ludibriar estes investidores norte-americanos, mas é óbvio que quando o Ministro, Manuel Chang assinou garantias, tão pouco imaginava que o novo Governo e o Ministro que lhe sucedeu fosse pegar esses títulos da dívida e fosse negociar em praça americana. Manuel Chang, nunca esteve nos Estados Unidos num rold show, e qualquer outra apresentação de proposta para vender estes títulos, portanto, o que está em causa é isto não é se se contratou ou não uma dívida de 2 bilhões o que está em causa é o facto de terem sido transacionados os títulos da dívida apenas da Ematum de nenhuma outra empresa é por isso que nos acordos que houve, houve acordos naturalmente aos emprestimos da Proindicus e da Mam nunca se falou da Ematum porque?! Porque, a restruturação da dívida da Ematum foi feita em 2016 pelo Governo e na altura, o processo foi liderado pelo Ministro Adriano Maleiane, portanto é a partir dai que há chamada conexão americana. Portanto, não restam dúvidas de que da mesma forma como Jean Bustani foi absolvido porque em momento algum se provou que ele esteve em solo americano para vender títulos da dívida, Manuel Chang também em momento algum esteve em solo americano para vender títulos da dívida a estes investidores americanos que da causa os EUA entendam que tem jurisdição sobre este processo",- explicou o Advogado, Alexadre Chivale, que também assiste a defesa de Manuel Chag, nos Estados Unidos da America.
Alexandre Chivale, disse ainda que, tudo está sendo feito para que o Ex-Ministro de Economia e Finanças, Manuel Chang, seja absolvido ao passo que sublinha que, há haver interesse em julgar este caso só pode ser a República de Moçambique em função dos factos que contra ele serão imputados.
"A nossa expectativa é essa e tudo está sendo feito neste sentido, evidentemente há haver alguém que teria algum interesse em julgar Manuel Chang, só pode ser a República de Moçambique nunca os Estados Unidos e mesmo em República de Moçambique em função dos factos que contra ele seriam imputados provado mas neste momento nos EUA não há se quer interesse algum em julgar Manuel Chang, porque como eu disse, Manuel Chang, em circunstância alguma em momento algum esteve nos EUA a transacionar títulos da dívida que teriam feito isso são outras pessoas chefiadas pelo Ministro Adriano Maleiane,"- sublinhou o Advogado, Alexandre Chivale.
O Julgamento do Ex-Ministro de Economia e Finanças, Manuel Chang, iniciou no passado dia 15 de Julho no tribunal de Brooklin em Nova Iorque, Estados Unidos da América. (x)
Por: Rafael Cocorico
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