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quarta-feira, 30 outubro 2024 16:40

Moçambique regista melhorias com tendência crescente do aumento de espécies ameaçadas de fauna bravia na ordem de 10 a 27 %

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Em meio a uma crise global de biodiversidade que ameaça a vida selvagem e os ecossistemas em todo o mundo, Moçambique destaca-se como um farol de esperança na conservação ambiental.

Na Conferência das Partes (COP16) da Convenção sobre a Diversidade Biológica, realizada em Cali, Colômbia, a Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, apresentou dados encorajadores sobre o aumento das populações de espécies ameaçadas de fauna bravia no país, ressaltando a eficácia das políticas de conservação implementadas nos últimos anos.

“Em relação à conservação de espécies ameaçadas, estamos a registar melhorias com uma tendência crescente do aumento de espécies de fauna bravia onde algumas reservas nacionais importantes registam o incremento na ordem de 10 a 27%, que incluem o crescimento de espécies emblemáticas como o caso do elefante,” afirmou Ivete Maibaze, Maputo, 30 de outubro de 2024 –

Além do aumento das espécies, a ministra destacou os sucessos na restauração dos ecossistemas costeiros e marinhos degradados, particularmente através da reflorestação de mangais.

“No âmbito de restauração de ecossistemas costeiros e marinhos degradados, estamos a registar muitos sucessos na reflorestação do mangal e recentemente aprovamos o maior projeto de restauração de mangais de África, com 200 milhões de árvores a serem plantadas ao longo de 60 anos,” declarou.

Ivete Maibaze também comentou sobre os progressos em relação ao Quadro Global de Kunming-Montreal, que visa proteger 30% do território até 2030.

“Em 2022 conseguimos alargar as áreas terrestres e de águas interiores protegidas e conservadas, que passaram de 25% para cerca de 29,32%, e de 2,13% de áreas protegidas marinhas para cerca de 5% dos 10% da meta estabelecida,” explicou. A ministra ressaltou ainda que Moçambique possui 9 dos 21 lugares de importância ecológica da África Oriental, com uma vasta e rica diversidade de ecossistemas e espécies endémicas.

O país está comprometido com a implementação do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal e, sob a liderança do Presidente Nyusi, está colaborando com outros países da SADC em iniciativas de conservação, incluindo a implementação da Declaração de Maputo sobre a Gestão Sustentável e Integrada da Floresta do Miombo e Proteção do Grande Zambeze, assinada em agosto de 2022.

“Estamos a trabalhar com parceiros para a sua viabilização,” acrescentou Ivete Maibaze.

Em alinhamento com a visão da União Africana (UA) e da SADC, a ministra anunciou a criação de áreas de conservação comunitárias e transfronteiriças.

“Em julho de 2024, em colaboração com Zimbábue e Zâmbia, estabelecemos a Área de Conservação transfronteiriça de ZIMOZA. Para além das zonas transfronteiriças de conservação, recentemente estabelecemos a Área de Conservação Comunitária e Transfronteiriça que atravessa os três países,” disse.

Durante a plenária da COP16, Ivete Maibaze foi acompanhada pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Raina, e por representantes das comunidades da zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa, reafirmando o compromisso de Moçambique na luta pela conservação da biodiversidade. (x)

Por: António Bote

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