A Ordem dos Médicos de Moçambique informou que as tumultuosas manifestações ocorridas nos dias 18 e 28 de outubro em várias partes do país resultaram na trágica morte de 10 pessoas, vítimas de baleamento, além de 73 feridos.
“Os dados apurados indicam um aumento significativo de vítimas de ferimentos por armas de fogo que deram entrada nas unidades sanitárias. Do levantamento realizado entre 18 e 26 de outubro, foram documentados 73 casos de baleamento, resultando em 10 óbitos”, revelou Gilberto Manhiça, bastonário da Ordem dos Médicos.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na terça-feira, 29 de outubro de 2024, na cidade de Maputo, o presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), Napoleão Viola, que contou com a presença do bastonário da Ordem dos Médicos, denunciou que as evidências coletadas indicam que as mortes não foram consequência de ações destinadas a imobilizar os manifestantes, mas sim de uma clara intenção de eliminar vidas.
“Analisando as lesões e os locais dos ferimentos, fica evidente quais eram as intenções. Podemos afirmar que não houve a intenção de apenas imobilizar os cidadãos. A natureza das feridas revela uma intenção letal. Em grande parte dos casos de morte, as circunstâncias mostram que havia, de fato, uma motivação clara por trás das ações policiais”, denunciou Presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), Napoleão Viola.
Na mesma ocasião, o bastonário da Ordem dos Médicos, Gilberto Manhiça, condenou os assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe, afirmando que esses crimes “devem nos fazer refletir sobre que tipo de sociedade queremos ter”. Disse o bastonário da Ordem dos Médicos, Gilberto Manhiça.
A Ordem dos Médicos reafirmou seu compromisso em continuar pronta para responder aos casos de baleamento e a outras situações críticas. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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