Os professores do ensino primário e secundário em Moçambique ameaçam boicotar os exames finais e ausentar-se dos conselhos de notas, caso o governo não efetue o pagamento das horas extras atrasadas antes do início das avaliações. A situação reflete um ponto crítico nas negociações entre a classe docente e as autoridades governamentais.
A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) revelou que a dívida acumulada, que já ultrapassa dois anos, é motivo de grande frustração.
Segundo a entidade, várias promessas de pagamento feitas pelo governo não foram cumpridas, alimentando o descontentamento da categoria.
“A situação é insustentável. Nós, como ANAPRO, temos apelado repetidamente para a resolução desse problema, mas já não confiamos nas promessas do governo. Os professores estão exaustos”, declarou Marcos Mulima, porta-voz da organização.
Uma reunião realizada nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2024, entre representantes dos professores e o governo, durou mais de três horas, mas terminou sem consenso.
Segundo os professores, o governo teve tempo suficiente para estruturar um plano de pagamento, mas não apresentou nenhuma solução concreta.
“Já não há prazos! Ou o pagamento começa amanhã e termina na próxima semana, ou não teremos como garantir os exames e o conselho de notas”, enfatizou um professor durante a reunião.
Caso as exigências não sejam atendidas, os professores prometem suspender as atividades essenciais ao encerramento do ano letivo, o que poderá comprometer o calendário escolar de milhares de alunos em todo o país.
"Se não houver pagamento da dívida referente às horas extras, não haverá conselhos de notas, nem exames finais, do Rovuma ao Maputo”, reforçou a ANAPRO.(x)
Por: Nazma Mahando
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