A situação de fome em Chiúre, como em grande parte de Cabo Delgado, se agravou devido à prolongada crise de segurança. Com os ataques terroristas que afetam a província desde 2017, milhares de famílias foram forçadas a abandonar suas casas, gerando um número crescente de deslocados internos que vivem em condições precárias. A insegurança impede o cultivo de alimentos e dificulta a distribuição de ajuda humanitária, resultando em uma crise alimentar alarmante em diversas regiões. No município de Chiúre, a falta de recursos e infraestrutura tem dificultado as tentativas de aliviar o sofrimento da população.
Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, está terça-feira, 26 de Novembro de 2024, o Presidente do Conselho Municipal de Chiúre, Alicora Intutunha, abordou as dificuldades enfrentadas pela administração local para combater a fome. "A questão de fome, eu digo a verdade, lamentavelmente, temos vontade de ajudar a população, mas nós como o município, não temos a capacidade de resolver a questão de fome, as nossas asas são muito limitadas", reconheceu Intutunha, enfatizando as restrições financeiras e operacionais que impedem uma ação mais eficaz.
Apesar das limitações, o município tem tentado responder às necessidades imediatas da população. "É verdade que quando há uma questão, de algumas pessoas, por exemplo, se estamos a falar de 3 a 4 dias, ou por um momento quando as pessoas têm saído para lá nos postos administrativos, temos feito alguma coisa", disse o Presidente, referindo-se aos esforços para mitigar o impacto imediato da fome.
Entretanto, a questão de uma fome prolongada, de meses, ainda representa um grande desafio. "Resolver a questão de fome, de 2, 3, 4 meses, o município não tem essa capacidade", afirmou Intutunha, deixando claro que a solução exige mais do que as ações isoladas e temporárias que podem ser feitas localmente. (x)
Por: António Bote
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