O governo do distrito de Mocímboa da Praia, no norte da Província de Cabo Delgado, uma das regiões mais afetadas pelo extremismo violento que atinge a província desde 2017, afirma que a área deixou de ser palco de derramamento de sangue e olha com esperança para a reconstrução da chamada terceira cidade da província.
O administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, em entrevista exclusiva nesta quarta-feira, 11 de dezembro de 2024, revelou:
“A situação está normalizada, a segurança está boa porque não estamos a viver momentos de sangue. As últimas incursões que tive conhecimento, reportadas pelos membros da FDS, indicam que a insurgência ocorreu em algumas comunidades, mas a ação foi mais logística. Isso nos permite pensar que eles estão a aceitar a nossa mensagem de que podem voltar às comunidades.”
O conflito em Cabo Delgado teve início em outubro de 2017, com ataques coordenados a postos policiais na vila de Mocímboa da Praia. Na época, os agressores, identificados como membros de grupos extremistas islâmicos, eram conhecidos localmente como “Al-Shabaab”.
Desde então, a insurgência cresceu em intensidade, levando à destruição de várias comunidades, ao deslocamento de mais de um milhão de pessoas e a uma crise humanitária sem precedentes na região. Mocímboa da Praia, que chegou a ser considerada a "capital" dos insurgentes entre 2020 e 2021, foi retomada pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) em agosto de 2021, marcando um ponto de virada na luta contra a insurgência. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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