O jornalista político, Arlindo Chissale, foi dado como desaparecido no dia 07 de Janeiro de 2025, quando saía da cidade de Pemba em Cabo Delgado para cidade portuária de Nacala, na província de Nampula.
Todavia, passando um mês após o desaparecimento, os seus números telefónicos voltaram a chamar desde das 04 horas até 11horas deste sábado, 08 de Fevereiro de 2025.
A informação foi avançada pelo irmão do jornalista, Macário Chissale, numa entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias este domingo, 09 de Fevereiro de 2025.
"Eu mesmo tentei contactar em númeras vezes ao meu irmão ontem, os números dele do telefone só chamavam, mas ninguém atendia, e fui eu quem despertou atenção ao Prof. Douctor Adriano Nuvunga. Falei para a esposa, e também tentou ligar e apenas chamavam. Os números estavam em linha às 04horas até às 11 da manhã, depois daí, não chamaram mais", disse Macário Chissale.
A fonte explicou que, a sua família não apresentou ao Serviço de Investigação Criminal (SERNIC), de que, os números de Arlindo Chissale voltaram a chamar. Para captar a localização de onde chamavam os números, o entrevistado acrescenta que, a sua irmã tentou sem sucesso aproximar a uma loja de operadora das telefonias móveis.
"Não informamos ao SERNIC, porque tudo isso aconteceu ontem, é sabido que aos sábados nenhuma loja das telefonias móveis fica aberta. Mas, minha irmã levou o bilhete de identidade do mano Arlindo, tentou chegar na loja de numa operadoras de telefonia móvel, mas não teve sucesso", detalhou.
Segundo Macário Chissale, a família ficou sem onde recorrer, porque os números foram colocados a trabalhar em dias inúteis da semana.
"Por exemplo hoje domingo, já não chama, mas mesmo se chamasse eu vou reclamar aonde?", Questionou, visivelmente agastado na busca de soluções para ter o seu irmão de volta ao convívio familiar.
Macário Chissale, disse não ter esperança de voltar abraçar o seu irmão.
"Nós não temos mais esperança de que ele talvez esta em contacto, não temo, aquilo foi um sequestro. Então, talvez foram os sequestradores a tentar assinar para terem alguma pista", declarou, mostrando a ausência absoluta da esperança do retorno de Arlindo.
Recorde-se que, no dia 27 de Janeiro de 2025, a porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Eugénia Nhamussua, explicou não ter informações do paradeiro de Arlindo Chissale.
Enquanto isso, o MISA Moçambique exigiu no dia 29 de Janeiro de 2025, aos Ministérios da Defesa e do Interior que conduzam, com a máxima urgência, uma investigação sobre o alegado envolvimento de agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS), incluindo membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) e militares, no desaparecimento do jornalista Arlindo Chissale. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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