A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, enfrenta uma crise alarmante de malária em 2024, com mais de 80 mortes confirmadas, a maioria delas de crianças. Este número marca um aumento dramático em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registados 41 óbitos, refletindo uma escalada significativa de casos e fatalidades devido à doença.
O governador de Cabo Delgado, Valige Taubo, alertou para o crescente impacto da malária na província, que registrou um aumento de 32% no número de casos. Em 2024, foram diagnosticados 1.679.035 casos de malária, contra 1.270.188 no ano de 2023. Este aumento expressivo foi acompanhado por uma elevação no número de mortes, com um acréscimo de 95% em relação a 2023.
Durante sua participação no Fórum Provincial da Malária, realizada nesta sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, o governador destacou que, apesar dos esforços contínuos, a situação continua a exigir ações urgentes e mais eficazes para combater o avanço da doença.
“Os dados são claros. Em 2024, a província registou um aumento alarmante de casos, e as mortes dispararam. Com 80 óbitos este ano contra 41 no ano passado, estamos diante de um cenário crítico que exige uma resposta coordenada e eficaz”, afirmou Valige Taubo.
Em um esforço para conter o aumento de casos e diminuir a mortalidade, no presente ano, a província receberá um total de 1.771.400 redes mosquiteiras, que beneficiarão cerca de 797.114 agregados familiares. A medida faz parte de um esforço maior para aumentar a cobertura preventiva e reduzir o número de novas infeções. A distribuição será focada especialmente em áreas de alto risco, onde a malária tem causado maior impacto.
"Para combater o aumento de casos que tem se registado, através do programa de controlo da malária, vamos distribuir 1.771.400 redes mosquiteiras para beneficiar cerca de 797.114 agregados familiares, no presente ano”, explicou o governador.
A prevalência da malária em Moçambique em crianças menores de 5 anos é de 32%, sendo 38% na província de Cabo Delgado, a segunda mais alta do país. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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