O conselho do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos (Ex-Im Bank) aprovou esta quinta-feira, 13 de Março de 2025, um empréstimo de quase 5 mil milhões de dólares para um projeto de GNL (gás natural liquefeito) em Moçambique, que estava atrasado há muito tempo, superando um obstáculo importante para a retoma do projeto em desenvolvimento pela gigante francesa TotalEnergies (TTEF.PA).
O Ex-Im Bank já havia aprovado um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares para o projeto de 20 mil milhões de dólares durante o primeiro governo do presidente Donald Trump, mas o financiamento precisou ser revalidado após a paralisação da construção em 2021 devido aos distúrbios violentos na região norte de Cabo Delgado, antes de qualquer liberação de recursos.
O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, afirmou no mês passado que esperava que o financiamento dos Estados Unidos fosse aprovado nas próximas semanas, com outras agências de crédito a seguir nos meses seguintes. A empresa aguardava a reaprovação dos empréstimos das agências de crédito à exportação dos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos antes de suspender a cláusula de força maior no projeto, que estava em vigor desde 2021.
Estevão Pale, ministro da Energia de Moçambique, disse ao Financial Times que também espera que o Reino Unido e os Países Baixos reconfirmem o seu apoio.
O projeto de GNL de Moçambique, no qual a TotalEnergies possui uma participação operacional de 26,5%, tinha como objetivo tornar Moçambique um grande produtor de GNL, mas foi interrompido devido à insurgência de militantes ligados ao Estado Islâmico na região. A segurança na região melhorou desde então, com a empresa parceira Mitsui afirmando, em dezembro, que as preparações finais estavam em andamento para retomar a construção após renegociações com os contratantes.
Grupos ambientais disseram que os riscos de segurança associados ao projeto deveriam ter sido motivo suficiente para negar o apoio ao mesmo.
"As violações dos direitos humanos, o conflito armado, os impactos ambientais e as projeções econômicas arriscadas do projeto de GNL de Moçambique deveriam ter afastado a maioria dos investidores sensatos", afirmou Daniel Ribiero, coordenador técnico da Amigos da Terra Moçambique. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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