O Presidente Cyril Ramaphosa anunciou restrições em todas as fronteiras do país - incluindo um posto fronteiriço em Moçambique - para conter a segunda onda da pandemia. O fechamento será mantido até 15 de fevereiro.
Todos os 20 postos fronteiriços terrestres sul-africanos vão ser encerrados durante quase um mês numa tentativa de conter a segunda onda da pandemia do novo coronavírus, anunciou esta segunda-feira (11.01) o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
As fronteiras permanecerão fechadas até 15 de fevereiro, com exceção apenas para o transporte de combustível, carga e matérias-primas, emergências médicas, diplomatas e cidadãos que regressam ao país. O posto de Lebombo, na fronteira com Moçambique, também será fechado.
Num discurso à nação transmitido na televisão, Cyril Ramaphosa justificou a medida com "o aumento massivo de infeções". A África do Sul regista mais de 1,2 milhões de casos de Covid-19 desde março.
"Isso expôs muitas pessoas à infeção enquanto esperavam para serem processadas e tem sido difícil garantir a aplicação dos requisitos de saúde para entrada na África do Sul, com muitas pessoas a chegarem sem o teste à Covid-19", disse o chefe de Estado sul-africano numa comunicação ao país.
"Todavia, as pessoas serão autorizadas a entrar ou sair do país através das fronteiras terrestres apenas em circunstâncias restritas, nomeadamente para transporte de combustível, de mercadorias, atendimento médico de emergência, retorno de cidadãos sul-africanos e residentes permanentes ou outros com visto válido, saída de estrangeiros, diplomatas e estudantes de países vizinhos na África do Sul", salientou.
Voos internacionais mantidos
A medida não afeta os voos internacionais que continuam a ser permitidos no âmbito das medidas de confinamento de nível 3 anunciadas em 28 de dezembro pelo chefe de Estado sul-africano.
"É necessário manter as medidas de alerta de nível 3 em vigor até que tenhamos ultrapassado o pico de novas infeções e tenhamos a certeza de que a taxa de transmissão caiu o suficiente para nos permitir aliviar com segurança as restrições atuais", frisou Ramaphosa.
Desde o início do novo ano, a África do Sul contabilizou 190.000 novos casos de infeção e 4.600 mortes até ao momento, elevando para 1,2 milhões o número total de pessoas infetadas com o novo coronavírus.
O chefe de Estado adiantou ainda que se mantêm outras restrições no país, como a proibição de ajuntamentos públicos com mais de 50 pessoas, o recolher obrigatório noturno, a proibição da venda de álcool e o encerramento de todas as praias.