As autoridades de saúde de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, estão em alerta máximo após a confirmação de dois casos de Mpox (Monkeypox) na vizinha República Unida da Tanzânia. A detecção do vírus, que tem afetado vários países africanos, gerou preocupação, especialmente pela proximidade geográfica entre os dois países e o intenso fluxo de pessoas na fronteira de mais de 800 quilômetros.
De acordo com Médico-chefe provincial, Edson Fernando, que falou com exclusividade à Zumbo FM Notícias, nesta quinta-feira, (27.03.2025), destacando que até o momento não há casos suspeitos em Cabo Delgado. Contudo, o monitoramento nas fronteiras terrestres e aéreas foi intensificado, com um controle rigoroso de todos os passageiros que entram pela província.
"Embora ainda não tenhamos casos suspeitos, mantemos um rastreio contínuo de todos os viajantes, tanto nos postos terrestres quanto nos aeroportos", afirmou Edson Fernando.
A travessia de Negomano, que liga os distritos de Palma e Mueda à Tanzânia, continua a ser um ponto crítico devido à circulação frequente de pessoas entre os dois países. O médico-chefe assegurou que as medidas preventivas estão sendo rigorosamente aplicadas em todas as fronteiras para evitar a propagação do vírus.
Fernando ressaltou que Moçambique está em coordenação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades internacionais para monitorar a situação.
"Sempre que há informações relevantes sobre o Mpox, trabalhamos em estreita colaboração com a OMS e outras autoridades sanitárias para garantir que a população esteja devidamente informada e protegida", acrescentou.
De acordo com um relatório da África CDC, a agência de saúde da União Africana, a doença já afetou 22 países africanos desde janeiro de 2024, com 6.034 casos confirmados e 25 mortes. A OMS declarou um estado de emergência de saúde pública internacional em agosto de 2024 devido à rápida propagação do vírus, especialmente na República Democrática do Congo e na Tanzânia, que compartilham fronteiras com outros países de risco.(x)
Por: Bonifácio chumuni
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