Um jovem de 22 anos, agente de serviços financeiros móveis, foi encontrado sem vida na manhã desta quarta-feira (23), amarrado a um cajueiro no bairro Eduardo Mondlane, cidade de Pemba. A Polícia da República de Moçambique (PRM) classificou o caso como suicídio por enforcamento. No entanto, familiares da vítima contestam essa versão e afirmam que se trata de um homicídio disfarçado.
Segundo relatos de pessoas próximas à família, o jovem teria sido abordado por desconhecidos, que o roubaram e, posteriormente, o mataram. Para evitar suspeitas, teriam encenado o suicídio.
“A família não está acreditar que ele se enforcou, mas sim, os desconhecidos levaram os bens que ele tinha e foram lhe amarrar para não ser culpado a ninguém e para que não se faça nenhuma investigação. Porque eles sabiam que lhe arrancar os bens, lhe matar e depois lhe deixar estatelado, poderia se investigar. Então para evitar isso, os malfeitores optaram por esta via, para não se procurar o culpado”, relatou uma fonte próxima à família.
A vítima exercia a função de agente de serviços financeiros móveis há aproximadamente cinco anos e era bastante conhecida na zona onde residia e trabalhava.
Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta quinta-feira, 24 de Abril de 2025, o chefe das Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, Aniceto Magome, descreveu como as autoridades tomaram conhecimento do caso.
“Ontem os colegas receberam uma informação a partir da terceira esquadra, concretamente na zona da Expansão, onde o guarda da Escola Secundária do Alto Gingone, durante um processo de entrega de turno, teria compreendido que existia lá, por cima do cajueiro, um corpo sem sinais de vida”.
Após o alerta, foi mobilizada uma equipa composta por agentes da polícia, do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e técnicos de saúde para proceder às averiguações no local.
“Destacou-se uma força para o local, alguns agentes da polícia, que fizeram proteção do local do facto até a chegada da equipa técnica, que esta equipa era composta pelo SERNIC e a saúde, onde foram feitas as perícias e concluiu-se que se tratou de um suicídio por enforcamento”.
Segundo o Aniceto Magome, a equipa técnica realizou o trabalho pericial na manhã do mesmo dia, tendo em seguida autorizado a remoção do corpo.
“A equipa técnica teria chegado lá, aproximadamente no intervalo das 09:30, fez o trabalho e houve esta conclusão. De imediato o corpo foi removido e entregue aos respetivos familiares para as cerimónias da sepultura”. (x)
Por: António Bote
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