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sexta-feira, 25 abril 2025 07:18

Cabo Delgado: Comissão Nacional dos Direitos Humanos aponta PGR e SERNIC na busca da verdade do desaparecimento do jornalista Arlindo Chissale

Jornalista, Arlindo Chissale. Jornalista, Arlindo Chissale.

A Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) afirma estar a acompanhar com preocupação o desaparecimento do jornalista político Arlindo Chissale, ocorrido nos primeiros dias de Janeiro de 2025, quando este se deslocava da cidade de Pemba, em Cabo Delgado, para a cidade de Nacala, na província de Nampula.

Em entrevista exclusiva concedida nesta terça-feira, 22 de Abril, à Zumbo FM Notícias, o Chefe do Departamento da Promoção de Direitos Humanos da (CNDH), José Cartela, que se encontra em missão de trabalho na cidade de Pemba, referiu que a Comissão está a seguir atentamente o caso, apesar de não possuir poderes legais para conduzir investigações criminais.

“A comissão aguarda as investigações que estão sendo feitas porque a comissão não tem esta competência de alta investigação, mas tem entidades autorizadas para fazer isso, autoridades competentes para fazer investigação e trazer-nos a verdade”, declarou José Cartela, questionado pela nossa equipa de reportagem.

Segundo o responsável, a Comissão tem sido informada sobre o caso por meio dos meios de comunicação social e plataformas digitais, mas até ao momento ainda não recebeu nenhuma denúncia formal.

“A comissão tem sempre informação a partir das redes sociais, a partir das rádios. Tivemos informação de desaparecimento de jornalista, apesar de até hoje não sabermos onde que estão sendo dirigidas as investigações. Então, como comissão, temos tido informação a partir do maior transformação. Investigação cabe à PGR investigar até que ponto este processo [de] desaparecimento de pessoas”, explicou.

A PGR – Procuradoria-Geral da República, órgão superior do Ministério Público, é a entidade responsável por dirigir e fiscalizar a legalidade da investigação criminal. Já o SERNIC – Serviço Nacional de Investigação Criminal é a instituição especializada que conduz as investigações criminais no país. José Cartela sublinhou que o esclarecimento sobre o paradeiro do jornalista deverá ser da responsabilidade dessas entidades.

“A partir das investigações do SERNIC, num dia a PGR vai se pronunciar sobre este desaparecimento”, afirmou.

Apesar da ausência de uma queixa formal submetida diretamente à Comissão, a instituição continua a acompanhar o caso por meio de informações que circulam publicamente.

“Até então, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos não recebeu nenhuma denúncia formal, mas temos acompanhado por várias informações nas redes sociais, a partir das rádios, a partir das televisões. Mas uma denúncia oficial dirigida à Comissão Nacional de Direitos Humanos ainda não recebemos”, concluiu José Cartela.

O desaparecimento de Arlindo Chissale, conhecido pela sua abordagem crítica e investigativa, continua a levantar inquietações dentro e fora do país, com apelos crescentes por respostas claras sobre o seu paradeiro. (x)

Por: António Bote

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