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sexta-feira, 16 maio 2025 13:07

Cabo Delgado: Mais de 15 mil crianças em risco de perder ano letivo devido a ataques terroristas e calamidades naturais - alerta Kwendeleya

Imagem ilustractiva. Imagem ilustractiva.

O fundador da organização não governamental Kwendeleya, Abudo Gafuro, falou em exclusivo à Zumbo FM Notícias, nesta quarta-feira, 14 de Maio de 2025, sobre os desafios que a educação enfrenta em Cabo Delgado e os passos fundamentais para garantir que nenhuma criança fique para trás.

“Pouco mais de 15 mil crianças estão a correr sérios riscos de ficar mais uma vez sem escola devido a situação de ataques e calamidades naturais”, disse.

O ativista explicou que a presença de psicólogos nas escolas, a implementação de práticas de cura cultural e o fortalecimento das parcerias locais são indispensáveis para assegurar uma educação de qualidade.

“Envolver os psicólogos nas escolas, implementar práticas de cura cultural e reforçar as parcerias locais são passos essenciais para garantir que todas as crianças recebem uma educação de qualidade e que ninguém fica para trás”, afirmou.

Gafuro salientou que a saúde mental tem ganhado reconhecimento no sistema educativo, sobretudo em contextos pós-conflito como o de Cabo Delgado, e destacou a necessidade de tratar os traumas psicológicos de crianças e professores.

“Temos assistido recentemente a uma crescente consciencialização da importância da saúde mental no sistema educativo, particularmente em contextos pós-conflito, como Cabo Delgado. É imperativo que abordemos com urgência e continuidade o trauma psicológico sofrido pelas crianças e pelos professores para garantir que a reconstrução da educação inclui não só aspetos físicos, mas também emocionais e psicológicos”, explicou.

Gafuro criticou a negligência do governo em relação ao impacto psicológico dos traumas na educação pública.

“É preocupante que o governo de Cabo Delgado, Moçambique, esteja a ignorar o trauma psicológico das crianças e dos professores nas suas políticas de educação pública. O trauma pode ter um impacto duradouro na vida das pessoas e é importante lidar com ele de forma adequada”, revelou.

Gafuro alertou para os riscos de negligenciar a saúde mental dos jovens da província.

“A saúde e o bem-estar dos jovens em Cabo Delgado estão em causa. A falta de apoio à saúde mental pode levar a problemas como depressão, ansiedade, suicídio e abuso de substâncias. Assim, é importante garantir que a saúde mental é considerada uma prioridade no processo educativo, para que os jovens tenham os recursos necessários para superar os desafios que enfrentam e levar uma vida saudável e equilibrada”, concluiu. (x)

Por: António Bote

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