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quarta-feira, 13 janeiro 2021 09:59

'12 mil pessoas vão perder seus empregos', diz prefeito de Camaçari sobre saída da Ford

A queda de arrecadação por causa do fechamento da fábrica da Ford na cidade de Camaçari, a 40 km de Salvador, deve chegar a mais de R$ 130 milhões nos próximos dois anos.

Em entrevista à BBC News Brasil, o prefeito do município, Elinaldo Araujo (DEM), afirmou que a cidade deve perder cerca de 12 mil empregos com a decisão da montadora americana de encerrar as atividades no local.

Entrariam na conta os empregos diretos — os funcionários que trabalham para Ford — e vagas em empresas que prestam serviços para a montadora ou fornecem insumos para a produção de automóveis.

Na segunda-feira (11/01), a Ford anunciou que fechará suas três fábricas no país - em Camaçari, Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

A empresa americana atribuiu a decisão à pandemia de covid-19, afirmando que ela intensificou um quadro de vendas já ruim e "prejuízos significativos" no país e na América do Sul.

"Com mais de um século na América do Sul e no Brasil, sabemos que estas são ações muito difíceis, mas necessárias, para criar um negócio saudável e sustentável", declarou o diretor executivo da Ford, Jim Farley.

A decisão faz parte de uma reestruturação global da Ford com vistas a melhorar seu desempenho financeiro. Com o fim da produção no Brasil, iniciada em 1920, a empresa calcula gastos de US$ 4,1 bilhões para encerrar as operações de manufatura no país, e está trabalhando para encontrar compradores.

Iniciando seu segundo mandato em Camaçari, o prefeito Elinaldo Araújo afirmou à BBC News Brasil que a cidade ainda procura alguma empresa que assuma a fábrica na cidade. "Os governos precisam unir forças para tapar esse buraco", disse, por telefone.

Segundo ele, contratos de manutenção de escolas e de postos de saúde do município podem ser afetados com a queda de arrecadação. Ele também afirmou que a cidade "fez de tudo" para manter a companhia na cidade, com máxima redução de impostos, mas que o governo Jair Bolsonaro preferiu não dar novos subsídios à montadora.

Nesta quinta-feira, o presidente afirmou que a "Ford queria mais subsídios" para manter as fábricas em funcionamento no Brasil.(x) Fonte: BBC

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