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quinta-feira, 14 janeiro 2021 07:25

'Vergonha' e 'decepção': o que dizem agora participantes de ato que culminou em invasão do Congresso e impeachment de Trump

Uma semana após manifestação que desaguou na invasão do Capitólio - e no dia em que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou novo processo de impeachment contra Donald Trump por 'incitação à insurreição' - apoiadores do republicano que participaram do ato do dia 6 de janeiro em Washington D.C. se dizem "envergonhados" e "decepcionados" com o desfecho do ato e os desdobramentos políticos dele.

À BBC News Brasil três manifestantes revisitaram suas memórias daquela tarde e arriscaram explicações - parte delas baseadas em teorias da conspiração - para o desfecho do ato: cinco mortes e o Congresso depredado, com parlamentares evacuados depois de terem sido forçados a interromper a sessão que ratificaria Joe Biden como presidente eleito do país.

Os entrevistados dizem ter participado do ato porque se sentem ignorados pelas instituições americanas nas alegações de fraude eleitoral - que o presidente Trump falhou sistematicamente em provar em oito Estados - e que a frustração e a raiva levaram parte do grupo às cenas de violência. Afirma ainda que grupos de esquerda se infiltraram no movimento para incitá-los a invadir o Congresso, acusação refutada inclusive por congressistas republicanos. E se dividem sobre as responsabilidades de Trump na ação, que se tornaram foco do processo de impeachment.

"Tudo o que foi feito naquele dia era necessário, menos invadir o Capitólio", afirma o empresário Chad Kulchesky, de 32 anos, que se juntou à massa naquela manhã acompanhado da mulher e dos sogros. De Delaware, ele trouxera consigo uma bandeira de Trump estilizado como o personagem de ação Rambo, uma mochila com água e lanches e uma faquinha de bolso.

Naquele dia, ele havia afirmado à reportagem da BBC News Brasil que "não vamos ficar parados enquanto tomam o país da gente". Duas horas depois de ter dito isso, Kulchesky calcula que estivesse a cerca de 10 metros da escadaria do Capitólio quando bombas de gás lacrimogêneo começaram a estourar. "Nessa hora entendi que algo tinha saído errado", diz Kulchesky, que nega ter entrado no prédio.(x) Fonte: BBC

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