O recém empossado Presidente dos EUA aprovou uma série de medidas de imigração no âmbito do pacote de 17 ordens executivas. O plano de Bidem prevê a regularização de 11 milhões de imigrantes sem documentos.
Para Joe Biden não há tempo a perder e mostra que chega à Casa Branca com o "trabalho de casa" feito. Horas depois da cerimónia de tomada de posse, Biden assinou as primeiras medidas como novo Presidente dos Estados Unidos da América.
Trata-se de um pacote de 17 ordens executivas e memorandos que visam desmantelar as principais e mais "danosas" políticas da administração de Trump. Entre as novas medidas estão setores como as imigrações, a pandemia, mudanças climáticas, igualdade racial e LGBT e economia.
Depois de receber duras críticas durante as primárias democráticas pelas deportações em massa da administração Barack Obama, da qual foi vice-presidente, Biden começa o mandato com forte aposta nas imigrações.
Anunciou na noite de quarta-feira, (20.01), a suspensão de 100 dias das deportações de imigrantes, embora com algumas exceções, de acordo com um comunicado do Departamento de Segurança Interna (DHS).
Biden apresentou também um plano de imigração que prevê a regularização de 11 milhões de imigrantes sem documentos, embora dependa do poder legislativo. A ser aprovado, representaria a maior reforma da imigração desde o governo do republicano Ronald Reagan (1981-1989), que legalizou três milhões de imigrantes sem documentos em 1986.
O reforço do programa para jovens sem documentos conhecidos como "sonhadores", a revisão das prioridades na detenção de imigrantes, o fim da proibição que impedia viagens de vários países (predominantemente muçulmanos e africanos) aos Estados Unidos também constam do pacote de medidas.
Biden também suspendeu a construção do muro de fronteira com o México. A ordem inclui uma "rescisão imediata” da declaração nacional de emergência que permitiu ao governo de Trump redirecionar bilhões de dólares para a construção.
A par das imigrações, listam no pacote assinado por Biden, medidas como a reentrada dos EUA nos acordos climáticos de Paris, restabelecimento dos laços do país com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a suspensão do programa "Stay in Mexico", entre outras.(x) Fonte: DW