A União Europeia (UE) poderá formar militares moçambicanos no combate ao terrorismo e reforçar a cooperação na área de segurança, anunciou quarta-feira (20) em Maputo, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, em representação da União Europeia (UE).
Falando à imprensa, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, Augusto Santos Silva disse estarem identificadas as áreas prementes de cooperação e já decorrem os preparativos para a sua concretização.
“A reunião que acabamos de ter com o senhor Presidente da República de Moçambique foi muito clara na identificação das áreas em que o incremento da cooperação na área de segurança pode beneficiar imediatamente Moçambique, na área de formação militar”, disse.
Outra área apontada pelo ministro português é a assistência humanitária para a população da província de Cabo Delgado, que desde Outubro de 2017 é vítima de ataques terroristas, que já provocaram a morte de mais de duas mil pessoas e forçou outras 560 mil a procurar abrigo em locais mais seguros.
O diplomata português, que falava em representação do alto representante da UE para a Política Externa e Segurança, Josep Borrell, apontou ainda que o apoio da União União se estende à Agência de Desenvolvimento Integrado Norte (ADIN).
“Estas áreas foram muito claramente identificadas”, disse, acrescentando: “Saio satisfeito da reunião, porque a melhor maneira de chegarmos rapidamente ao desenho concreto do apoio europeu é iniciar por uma identificação tão clara, tão precisa, de quais são as prioridades”.
A UE está a investir mais de 25 milhões de euros (2,2 mil milhões de meticais) em projectos de desenvolvimento em Cabo Delgado. Por isso, Santos Silva destacou “Mais Emprego”, como um dos projectos âncora para a região e que visa formar tecnicamente cerca de 800 jovens da província, sobretudo nas áreas da economia e de hidrocarbonetos.(x) Fonte: Jornal Notícias