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segunda-feira, 25 janeiro 2021 22:12

COVID-19: Os países que lideram o ranking de imunização no mundo

Até agora diversos governos e entidades se organizaram para divulgar números de casos, hospitalizações e mortes por covid-19. No entanto, uma nova gama de dados começa a surgir: a de pessoas que já receberam algum tipo de vacina contra o coronavírus.

Países como Israel, Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Rússia, Alemanha, Canadá, China, Itália e Emirados Árabes Unidos largaram na frente na corrida para aprovar imunizantes e usá-los em suas populações. Esses países começaram a vacinar no final do ano passado.

No Brasil, a vacinação começou após autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 17 de janeiro, para o uso das duas primeiras vacinas contra o coronavírus disponíveis em território brasileiro: a da Sinovac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a China, e a da Oxford-AstraZeneca, cujo pedido de uso emergencial foi feito pela Fiocruz.

A vacinação começou já em 17 de janeiro em trabalhadores de saúde. A enfermeira Mônica Calazans, que está há 8 meses na linha de frente do combate ao coronavírus, foi a primeira pessoa vacinada no Brasil, no Hospital das Clínicas de São Paulo. Desde então, 6 milhões de doses da vacina foram distribuídas pelo país — quantidade aprovada inicialmente — e diversas cidades já iniciaram a imunização.

Na última sexta-feira (22), a diretoria colegiada da Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac — quantidade que ainda restava entre as envasadas no país até o momento. Essas doses também foram distribuídas para imunização em todo o Brasil.

Já as doses da Oxford-AstraZeneca, apesar de também terem sido aprovadas em 17 de janeiro, somente começaram a ser aplicadas no sábado (22). Isso porque as 2 milhões de doses aguardadas chegaram ao Brasil na última sexta-feira, cerca de uma semana após o esperado inicialmente, pois estava aguardando autorização do governo indiano para as exportações comerciais do imunizante.

Após chegar em solo brasileiro, a vacina da Oxford-AstraZeneca foi distribuída pelo país.

Um levantamento da CNN Brasil, neste domingo (24), apontou que o país imunizou, ao menos, 618.626 pessoas na primeira smana de vacinação.

As doses disponibilizadas atualmente no país são insuficientes até mesmo para a primeira fase da imunização no Brasil. Dificuldades com insumos preocupam autoridades sobre a produção de novas unidades dos imunizantes no país.

Israel sai na frente

Proporcionalmente, Israel lidera com folga na imunização contra a covid-19. Cerca de 2,5 milhões de doses de vacina já foram administradas no país, que tem uma população de 8,9 milhões de habitantes. O governo planeja chegar a 5,2 milhões até o fim de março.

A vacinação acontece poucos meses antes de uma eleição decisiva para o premiê Benjamin Netanyahu. Ele quer que Israel seja o primeiro país no mundo a vencer a pandemia, e chegou a dizer que isso seria possível já em fevereiro, com a vacinação em massa de sua população.

O país garantiu um contrato com a Pfizer logo no começo da pandemia, mas vem enfrentando desafios logísticos, já que o produto do laboratório exige armazenamento à temperatura de 70 graus negativos.

Apesar de estar em fase adiantada de vacinação, Israel enfrenta novo surto da doença, e implementou um novo confinamento no início de janeiro (7/1), válido por duas semanas.

Os Emirados Árabes Unidos aparecem em segundo lugar na lista dos países com a taxa mais alta de vacinação, com 25,2 doses da vacina administradas para cada 100 pessoas. O país árabe tem uma população de quase 10 milhões de pessoas.

Os primeiros países com populações mais expressivas a aparecer no ranking são o Reino Unido e os EUA.

No Reino Unido, 4,3 milhões de doses já foram administradas. Algumas pessoas do grupo considerado mais vulnerável já receberam a segunda e última dose. O país aprovou, primeiramente, duas vacinas (da Oxford-AstraZeneca e da Pfizer). No início do ano, aprovou também a da empresa Moderna, que estará disponível apenas a partir de março.

O governo britânico atrasou a administração da segunda dose das vacinas já aplicadas no país, para permitir que mais pessoas recebam a primeira — até a primeira semana de janeiro, cerca de 1,5 milhão de pessoas já tinham tomado a primeira dose. O intervalo entre as duas doses vai aumentar de três para 12 semanas.

A exemplo de Israel, o Reino Unido também enfrenta um novo surto da pandemia e anunciou duras medidas de lockdown no início de janeiro.

Os EUA não conseguiram atingir a meta anunciada de 20 milhões de doses administradas até o fim de 2020 — foram 2,78 milhões de vacinados até 30 de dezembro.

O infectologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, disse não concordar com o plano britânico de atrasar a segunda dose da vacina. Segundo ele, os EUA não adotarão essa estratégia.

Fora do ranking, outro país anunciou recentemente um grande programa de vacinação contra o coronavírus. A Índia aprovou duas vacinas — uma de um laboratório local e outra da Oxford-AstraZeneca — e pretende imunizar 300 milhões de pessoas este ano. No entanto, o país é alvo de críticas por aprovar uma vacina que não teve seus testes de segurança e eficácia concluídos ainda.

Os países da União Europeia demoraram mais do que EUA e Reino Unido para aprovarem suas vacinas, já que a decisão passou por um órgão regulador do bloco. O Reino Unido aprovou sua primeira vacina três semanas antes da agência europeia.(x) Fonte: BBC

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