Em França o primeiro-ministro, Jean Castex, confirmou que decisões seriam tomadas esta semana quanto à gestão da pandemia numa altura em que muitas são as vozes a alegar ser inevitável um terceiro confinamento.
Face à pandemia da Covid-19 ainda activa e contaminações crescentes devido a variantes do vírus em França, o conselho de defesa sanitária de quarta-feira em torno do Presidente Macron deverá decidir se haverá ou não um novo confinamento.
"As decisões serão tomadas esta semana e não temos que baixar os braços", confirmou o Primeiro ministro, Jean Castex, quando visitava a Agência regional da Saúde na região parisiense.
O Presidente Macron que se dirige à nação na quarta ou quinta-feiras dirá se um novo confinamento é necessário.
Círculos próximos do presidente, indicam que ainda nada está decidido e o que é preciso é encontrar o bom equilíbrio. "Queremos também ser coerentes em relação aos franceses que há meses vêm fazendo esforços", acrescentou, uma dessas fontes.
Mas o executivo é incitado a ser mais severo sobre as restrições, dez dias depois da instauração do recolher obrigatório generalizado a partir das 18 horas, cujos efeitos ainda são difíceis de avaliar.
Confinamento ou recolher obrigatório em França?
"É preciso provavelmente um novo confinamento", preveniu o presidente do conselho científico, Jean-François Delfraissy, que apelou o governo a não tergiversar.
Numa tal hipótese o executivo terá de escolher entre um confinamento estrito, como na primavera ou mais leve como no outono mantendo as escolas abertas, como deseja o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer.
Em França, bares, restaurantes, infraestruturas culturais, recintos desportivos e universidades estão encerrados desde fins de outubro, vigorando o trabalho à distância e o recolher obrigatório.
A Saúde Pública deve lançar um novo estudo para determinar até que ponto as variantes britânica e sul-africana do vírus estão a circular em França.
No total, há 26.357 doentes da Covid-19 hospitalizados em França, números em constante aumento, sabendo que desde o começo da pandemia, já houve 73.049, no país.(x) Fonte: RFI