A administração de Chinde, na província da Zambézia, clama por fundos para reerguer as infra-estruturas destruídas pelo ciclone Idai, há cerca de dois. Pedro Vírgula, dirigente do distrito, avança que são necessários pelo menos 350 milhões de meticais para reconstruir pontes, salas de aula, centros de saúde e vias de acesso neste momento intransitáveis.
O distrito de Chinde nunca recebeu apoio para a reconstrução pós-Idai, volvido cerca de dois anos desde que a intempérie assolou o centro do país. O administrador distrital lança grito de socorro ao Governo Central para que haja ajuda.
Pedro Vírgula contou que participou numa sessão do Conselho de Ministros, em Maputo, bem como na reunião dos doadores na cidade da Beira, teve garantia de que o distrito de Chinde seria contemplado no plano de reconstrução.
“Temos fé de que o distrito de Chinde vai beneficiar dos apoios” prometido “para que a nossa população volte à sua vida com normalidade, uma vez que as destruições continuam visíveis. Temos centros de saúde danificados nas nossas comunidades, escolas e vias de acesso”, o que dificulta o “escoamento dos produtos agrícolas”, disse o administrador.
Sobre o assunto, “O País” abordou o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, que trabalhou no Chinde, avaliando danos causados pelo ciclone “Eloise”.
O governante recordou que o governo realizou uma conferência de doadores para apresentação das necessidades para reposição de infra-estruturas e criação de condições mais resilientes. Foi estabelecida uma equipa de trabalho responsável pela gestão do processo.
“Vamos fazer a ponte com o governo distrital para perceber o que é que estará a ocorrer” de modo que Chinde “beneficie dos recursos” em mobilização, disse Tonela.
Chinde é um distrito de difícil acesso. A entrada só é possível via marítima, através de pequenas embarcações. Os níveis de desenvolvimento são muito aquém.(x) Fonte: O País