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quinta-feira, 28 janeiro 2021 15:56

Moçambique, Portugal e Guiné Equatorial pioram no índice de corrupção

A ONG com sede em Berlim 'Transparência Internacional' divulgou hoje o seu relatório anual acerca da percepção sobre a corrupção no sector público. No ranking de 2020, 5 países lusófonos melhoraram a sua classificação e 3 pioraram.

De acordo com esta tabela em que se avalia a percepção da corrupção no sector público de 180 países, pontuando-os de zero (considerado como sendo corrupto) a 100 (encarado como sendo transparente), alguns países lusófonos melhoraram o seu desempenho.

O Brasil, nomeadamente, passou da posição 106 para 94, Timor-Leste, subiu do 93º para o 86º lugar, Angola passou da posição 146 para 142, registando melhorias pelo terceiro ano consecutivo. Neste mesmo sentido, a Guiné-Bissau subiu da posição 168 para a 165, sendo que São Tomé e Príncipe passou da posição 64 para a 63. Cabo Verde, quanto a si, manteve o seu nível anterior, no 41° lugar, consolidando a sua posição de terceiro país melhor classificado da África subsaariana.

Já Moçambique caiu três posições, passando do lugar 146 para 149. Uma situação que leva a Transparência Internacional a tecer alertas sobre o risco de Moçambique se encaminhar para uma "espiral descendente, sem esforços concertados para apoiar a transparência e a responsabilização".

Segundo a Transparência Internacional que denuncia uma falta de empenho dos donos do poder no país, "a elite política e governamental em Moçambique continua a usar a corrupção para acumular negócios e oportunidades para se enriquecer".

Ainda entre os países lusófonos que pioraram o seu desempenho, a ONG aponta Portugal que passou da posição 30 para a 33 e a Guiné Equatorial que passou para o 174º lugar nesta classificação que abrange 180 países do mundo inteiro.

A nível global, continuam na dianteira deste índice países como a Dinamarca e a Nova Zelândia, seguidas pela Finlândia, Singapura, Suécia e Suíça. Já entre os últimos lugares, estão identificados países como a Síria, a Somália e o Sudão do Sul.

Este ano, a Transparência Internacional identificou como critérios de avaliação a forma como os países lidaram com a pandemia de covid-19, o investimento em cuidados de saúde e o impacto desta crise sobre as instituições democráticas. "A covid-19 não é apenas uma crise da saúde e da economia. É uma crise de corrupção que não estamos actualmente a conseguir gerir", considerou a Transparência Internacional segundo a qual "o ano passado colocou à prova os governos como nenhum outro e aqueles com níveis mais elevados de corrupção têm sido menos capazes de enfrentar o desafio".(x) Fonte: RFI

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