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terça-feira, 06 abril 2021 10:48

Insegurança força PMA a suspender voos de evacuação em Palma

Muitas pessoas ainda aguardam por evacuação depois dos ataques terroristas no distrito de Palma, na província de Cabo Delgado. O Programa Mundial da Alimentação suspendeu os voos humanitários de evacuação e a Presidente do INGC, Luísa Meque, defende o restabelecimento da tranquilidade para que a população não tenha que sair das suas zonas de origem.

O Centro de acolhimento provisório de Pemba, na província de Cabo Delgado, continua a acolher os deslocados provenientes de Palma, que não têm para onde ir. Há pessoas que estão há 11 dias a procura de familiares desaparecidos.

O “O país” sabe que há muitas pessoas ainda não foram resgatadas e permanecem nas matas ou na aldeia de reassentamento da Total em Quitunda, um local situado dentro da vedação da petrolífera e, por isso, ainda seguro.

A evacuação era feita pela Total, mas também por organizações humanitárias como o Programa Mundial da Alimentação, que devido ao agravamento da insegurança decidiu suspender os voos.

“O PMA está a acompanhar regularmente a situação de segurança e o que sabe agora é que há pessoas que saíram a caminhar até os distritos vizinhos de Afungi. Nós estávamos a evacuar as pessoas mais vulneráveis, até que na sexta-feira, 02 de Abril, decidimos parar temporariamente. Entretanto acreditamos que os outros meios de transporte, de outras companhias continuam a retirar as pessoas para lugares seguros”, explicou a porta-voz do PMA, em Cabo Delgado.

Este domingo, a Presidente do INGD, Luísa Meque, desembarcou em Pemba e visitou os deslocados no centro de trânsito. “Deveríamos criar condições para não retirar as pessoas do distrito de Palma e não sufocar a cidade de Pemba. Mas para tal é necessário uma equipa multidisciplinar porque não é uma acção que depende só do INGD”, disse Luísa Meque.

Uma fonte da Igreja Católica fez saber que a Tanzânia está a repatriar os moçambicanos que fugiram para aquele país vizinho aquando do ataque. Os deslocados estão a ser levados para zona da fronteira, no distrito de Mueda e enfrentam dificuldades para chegar a sede daquele distrito.(x) Fonte: O País

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