A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, 16, pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que justificou a decisão como forma de restringir e impedir que as actividades de organizações não governamentais dos EUA interfiram na política russa.
O chefe da diplomacia russa sugeriu ainda que o embaixador dos EUA, John Sullivan, seguisse o exemplo de seu homólogo russo e regresse a casa para consultas, numa clara indicação para que o diplomata deixe o país
Lavrov acrescentou que o Moscovo também negará à embaixada dos EUA a possibilidade de contratar funcionários russos e de terceiros países.
A medida é uma retaliação à expulsão ontem pelo Presidente Joe Biden de 10 diplomatas russos por espionagem e de imposição de sanções a 32 entidades e indivíduos russos acusados de interferir nas eleições americanas e de ligações ao ataque cibernético contra agências federais e empresas dos Estados Unidos, ainda durante a Administração Trump.
Serguei Lavrov reiterou que, embora a Rússia pudesse tomar "medidas dolorosas" contra os interesses comerciais americanos na Rússia, não o fará no imediato.
A Rússia tem negado qualquer interferência nas eleições presidenciais americanas em 2020 e no ataque cibernético contra agências federais, mas investigações dos serviços de inteligência dos Estados Unidos confirmaram as acções.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia alertou para uma retaliação “inevitável”, alegando que “Washington deve perceber que terá que pagar um preço pela degradação dos laços bilaterais”.
Na terça-feira, 13, o Presidente Joe Biden comunicou por telefone ao seu homólogo russo da decisão que iria tomar e convidou Vladimir Putin para uma cimeira num país neutro para discutir as relações entre os dois países.(x) Fonte: VOA