Cerca de 65.000 pessoas fugiram da violência na cidade de Damasak, no nordeste da Nigéria, informou as Nações Unidas nesta sexta-feira.
O chamado grupo da província do Estado Islâmico da África Ocidental desencadeou uma série de ataques no estado de Borno, saqueando e queimando casas, armazéns de agências humanitárias, uma delegacia de polícia, uma clínica e também uma instalação do ACNUR.
"Até 80% da população da cidade - que inclui a comunidade local e pessoas deslocadas internamente também - foram forçadas a fugir", disse Babar Baloch, porta-voz do ACNUR.
ISWAP, se separou do Boko Haram em 2016 e tornou-se uma ameaça dominante na Nigéria.
Mais de 36.000 foram mortos e dois milhões de deslocados pelos combates de uma década na Nigéria que se espalharam pelos vizinhos Chade, Camarões e Níger.
Alguns fugiram em direção à capital regional Maiduguri e outras cidades próximas, enquanto outros cruzaram a fronteira para a região de Diffa, no Níger, vulnerável à violência jihadista.
"O povo de Damasak está desejoso de ficar em Damasak. No entanto, por causa da situação de segurança, alguns fugiram para o mato, alguns fugiram para o vizinho Níger por segurança", disse Abubakar Kyari, senador que representa Borno North.
O exército da Nigéria descartou relatos de que militantes haviam invadido Damasak e disse na quinta-feira que as tropas estavam no controle da área.
Pelo menos quatro pessoas, incluindo um soldado, foram mortas em um ataque na segunda-feira. A ONU disse que outros oito foram mortos na quarta-feira, enquanto os moradores disseram que dez corpos foram enterrados e 20 pessoas ficaram feridas.
A cidade abriga uma das guarnições fortificadas dos militares ou os chamados "super campos" para se defender dos ataques.
Mas os críticos dizem que fechar bases menores para os campos de leârger deixou os jiadistas mais livres para vagar em áreas rurais.(x) Fonte: África News