O Papa Francisco expressou apreensão neste domingo sobre um recente aumento de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia e pediu esforços para aliviar as tensões no conflito de 7 anos no leste da Ucrânia que coloca as forças ucranianas contra rebeldes apoiados pela Rússia.
As autoridades ucranianas dizem que as violações do cessar-fogo tornaram-se mais frequentes nas últimas semanas, com quase 30 soldados mortos este ano. Eles acusaram a Rússia de alimentar tensões ao enviar 41.000 soldados perto da fronteira com o leste da Ucrânia e 42.000 para a Crimeia, onde a Rússia mantém uma grande base naval.
"Observo com grande apreensão o aumento das actividades militares", disse Francisco em declarações ao público reunido na Praça de São Pedro.
“Desejo fortemente que se evite o agravamento das tensões e, pelo contrário, se façam gestos capazes de promover a confiança recíproca e favorecer a reconciliação e a paz tão necessárias e desejadas”, disse Francisco.
"Leve a sério a grave situação humanitária que enfrenta a população, a quem expresso minha proximidade e por quem convido orações", disse o Papa antes de orar em voz alta pelas suas intenções.
A Ucrânia acusa a Rússia de alimentar as tensões com o envio de tropas, enquanto a Rússia tenta justificar o aumento como parte dos exercícios de prontidão organizados em resposta ao que afirma serem ameaças da NATO.
Os Estados Unidos e a NATO dizem que a concentração de tropas russas é a maior desde 2014, quando a Rússia tomou a Península da Crimeia na Ucrânia e eclodiram combates entre as forças ucranianas e os separatistas no leste da Ucrânia.
Além de alegar que há ameaças da NATO, a Rússia considerou o aumento como uma precaução de segurança necessária em meio ao que descreveu como provocações da Ucrânia ao longo da linha de controle.(x) Fonte: VOA