Os técnicos de Saúde da região de Bafatá, no leste da Guiné-Bissau, estão de costas voltadas com o ministro da Saúde Pública, António Deuna. Em causa estão 100 milhões de francos CFA que teriam sido levantados das contas bancárias dos hospitais e centros de saúde da zona.

Sem cumprir com as normas estabelecidas o Ministério da Saúde levantou 100 milhões de francos CFA (cerca de 152 mil euros) de contas bancárias de alguns hospitais e centros de Saúde da região de Bafatá. O dinheiro é parte do apoio que a União Europeia disponibiliza aos estabelecimentos hospitalares da região para reduzir a mortalidade infantil.

Ao tomarem conhecimento do desaparecimento do montante da conta bancária, os técnicos de Saúde da região de Bafatá exigiram explicações ao ministro da Saúde, António Deuna.

Um porta-voz do Ministério veio a público dizer que não se tratou de desaparecimento, mas de um empréstimo que seria restituído. Justificação que não convenceu os técnicos da Saúde que advertem a tutela: se o dinheiro não for restituído até quinta-feira, irão entrar em greve geral.

Entretanto, a Polícia Judiciária deteve, esta segunda-feira, ao início da tarde três altos responsáveis do Ministério da Saúde.

Segundo uma fonte da PJ guineense citada pela agência Lusa, os três detidos são o director-geral de administração do sistema de saúde, Silvino N'Dafa Brava, o administrador regional de saúde, Osvaldo Simão Fiare, e o diretor administrativo e financeiro do Ministério da Saúde, Samba Baldé. (x) Fonte: RFI