O Presidente da República, Filipe Nyusi, garantiu que as autoridades moçambicanas vão trabalhar de forma a devolver a segurança nas zonas de exploração de recursos naturais. Garantia deixada hoje na cerimónia de abertura da 7ª Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo, Gás e Energia de Moçambique que decorre em Maputo até esta quinta-feira.
Poucos dias depois deste ataque ocorrido a poucos quilómetros das suas instalações, o gigante francês dos hidrocarbonetos anunciou a interrupção por tempo indeterminado das suas actividades na região provisoriamente, fazendo pairar a incerteza sobre o futuro sobre aquele que era considerado um dos mais ambiciosos projectos de exploração de gás natural em África.
Para além dos 20 mil milhões de Euros já investidos neste empreendimento, é a economia de toda uma região que fica em suspenso. De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, a Total tem estado a cancelar os seus contratos com empreiteiros e fornecedores locais, tendendo a confirmar que a suspensão das suas actividades em Cabo Delgado poderia ser longa.
Perante a decisão da petrolífera francesa, o Presidente da República pediu ponderação. Ao «convidar todos stakeholders, todos os intervenientes a ter o poder de superação», Filipe Nyusi considerou que «em momentos difíceis de crise, a cabeça fria ajuda a tomar decisões racionais».
Porque o Estado moçambicano está preocupado, ele garante a segurança dos investidores. «De forma honesta deixo registada a minha palavra que o governo tudo fará para que se estabeleça a paz em Moçambique», prometeu o Presidente da República referindo-se à situação em Cabo Delgado onde, segundo últimos dados oficiais, a violência armada vigente desde 2017 provocou mais de 2500 mortos e mais de 700 mil deslocados.
De referir que a 7ª Conferencia, Exposição de Mineração, Petróleo, Gás e Energia, decorre em Maputo até esta quinta-feira e conta com a presença de empresas nacionais e estrangeiras que investem nos recursos minerais e energias.(x) Fonte: RFI