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sexta-feira, 23 abril 2021 11:37

Líderes mundiais alinham discursos e promessas no combate às mudanças climáticas

Cimeira do Clima, convocada pelo Presidente americano Joem Biden Cimeira do Clima, convocada pelo Presidente americano Joem Biden

Presidentes, chefes de Governos e líderes de organizações internacionais juntaram as suas vozes e prometram reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater assim o aquecimento do planeta, enquanto investem na chamada economia verde.

O primeiro a dar o mote foi o anfitrião virtual da Cimeira do Clima que arrancou nesta quinta-feira, 22, Dia da Terra, o Presidente americano, ao prometer reduzir a poluição dos gases do efeito estufa em até 52 por cento até 2030.

"Esta é a década em que devemos tomar decisões que evitarão as piores consequências da crise climática", disse Biden, desafiando, em particular as maiores economias do mundo "a intensificarem os seus esforços" nesse sentido.

Ao intervir na cimeira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, elogiou o anúncio de Biden como "uma mudança no jogo", e reiterou que "terá um impacto transformador na luta global contra a mudança climática."

Por seu lado, o Presidente chinês Xi Jinping disse que o Governo dele vai controlar o consumo de carvão nos próximos anos e “reduzir gradativamente” o combustível fóssil durante o período de 2026-2030.

Xi também reiterou a promessa da China de atingir o pico das emissões de carbono antes de 2030.

Por seu lado, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sem avançar novos objectivos, anunciou uma parceria com os Estados Unidos para uma agenda de energia limpa para 2030, visando ajudar a mobilizar investimentos, usar a tecnologia limpa e permitir colaborações verdes".

A chanceler alemã, Ângela Merkel, garantiu que o país continuará a fazer "a parte que lhe compete" na luta contra o aquecimento global.

Ela lembrou que a Alemanha reduziu as suas emissões em 40% em relação a 1990 e aspira, de acordo com o decidido a nível comunitário, chegar a 55% de redução em 2030.

No entanto, Merkel sublinhou ser necessária "mais solidariedade" para com os países em desenvolvimento.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que “precisamos de um planeta verde,mas o mundo está em alerta vermelho”.

“Estamos à beira do abismo. Devemos ter certeza de que o próximo passo está na direção certa. Líderes em todos os lugares devem agir”, desafiou Guterres.

Da Rússia, o Presidente Vladimir Putin prometeu apoio à luta contra o aquecimento global e pediu mais cooperação.

Ele garantiu que a Rússia está "genuinamente interessada" em galvanizar a cooperação internacional na busca de soluções eficazes no combate às alterações climáticas, mas também para outros desafios do planeta.

Por seu lado, o Presidente aul-africano Cyril Ramaphosaafirmou que as economias desenvolvidas "têm a responsabilidade" de apoiar as nações mais pobres no combate às alterações climáticas, uma vez que esses países "são quase sempre os que mais sofrem com os efeitos devastadores das alterações climáticss".

Crítico das mudanças climáticas, que chegou a admitir retirar o Brasil do Acordo Climático de Paris, o Presidente Jair prometeu adoptar medidas que reduzam as emissões de gases e exigiu da comunidade internacional uma "justa remuneração" por "serviços ambientais" prestados pelos biomas brasileiros ao planeta.

"Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adoptar e a reafirmar a NDC transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de emissões, inclusive para 2025, de 37%, e de 40% até 2030", afirmou Bolsonaro, repetindo metas anunciadas pelos anteriores governos.

Ele susteve a posição de ser “preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta como forma de reconhecer o carácter económico das actividades de conservação" e pediu “a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a actuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas”.

A cimeira de dois dias é parte dos esforços de Joe Biden para restaurar a liderança dos EUA, após a atitude de desprezo em relação ao assunto do seu antecessor, Donald Trump.(x) Fonte:VOA

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