O Alto Comissário da ONU para Refugiados, Fillipo Grandi, pede mais apoio para ajudar os refugiados do Burundi a regressar a casa. Ele conheceu um grupo que viajava de Ruanda e ouviu em primeira mão sobre suas esperanças e preocupações. Encerrando uma visita de dois dias ao Burundi, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, elogiou o progresso feito para ajudar os refugiados a encontrar soluções de longo prazo no coração da Região dos Grandes Lagos da África.

Donatien fugiu do Burundi em 2016 com sua família. Ele está voltando para casa de Ruanda com sua esposa e três filhos. Ele manteve contato com amigos e familiares em casa e decidiu que era hora de voltar.

Ele planeja alugar uma casa e encontrar qualquer trabalho para sustentar sua família.

Desde 2017, pelo menos 145.000 refugiados do Burundi foram ajudados a voltar para casa, com mais de 25.000 vindos de Ruanda nos últimos meses. Em média, 2.000 pessoas estão sendo ajudadas a retornar voluntariamente todas as semanas de Ruanda, República Democrática do Congo e Tanzânia.

O Alto Comissário acompanhou o mais recente comboio de Ruanda, transportando 159 refugiados burundeses que voltavam para casa após anos de exílio.

Ele falou às famílias que estavam cientes dos desafios que os aguardavam, mas expressou felicidade por finalmente voltar para casa. Grandi reiterou o compromisso do ACNUR em continuar a facilitar o retorno dos refugiados do Burundi que fizeram uma escolha informada e voluntária de voltar.

Em fevereiro, o ACNUR juntamente com o governo do Burundi e 19 parceiros lançaram o Plano Conjunto de Retorno e Reintegração de Refugiados, que apela a US $ 104,3 milhões da comunidade internacional para ajudar os repatriados e as comunidades para onde estão retornando.

Menos de dez por cento do financiamento necessário para apoiar a reintegração no Burundi foi comprometido, apesar do aumento de refugiados que regressam de toda a região. (x) Fonte: Africa News