Políticos da oposição concordam com o envio de militares da SADC para Moçambique. Mas ressalvam que tudo deve ser feito dentro dos parâmetros internacionais, com transparência e o aval do Parlamento
Temos poucas escolhas", afirma Sande Carmona, porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
A terceira força política do país é a favor do envio de tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para ajudar Moçambique a combater o terrorismo na província nortenha de Cabo Delgado.
Sande Carmona
"Tudo o que vier para salvar vidas, principalmente a partir dos moçambicanos, é bem-vindo", acrescenta Carmona.
Porém, é preciso que a matéria passe pelo crivo do Parlamento, defende o político. O MDM pede que os acordos a serem celebrados sejam claros e de domínio público para que cada moçambicano saiba interpretar a "eventual" vinda da força militar da SADC.
RENAMO apela a respeito de "parâmetros internacionais"
A cimeira de chefes de Estado e de Governo da SADC onde seria debatido o envio da ajuda estava prevista para esta quinta-feira (29.04), mas foi adiada "sine die" devido às ausências dos Presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e do Botswana, Mokgweetsi Masisi, "por motivos de força maior".
Notícias indicam que a proposta da missão da SADC que esteve em Moçambique prevê, entre outras ações, o envio de cerca de três mil militares para o terreno de operações em Cabo Delgado, uma província onde se localiza o maior projeto de gás natural do continente e que tem sido alvo de ataques de alegados grupos jihadistas desde 2017. fonte: DW