O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural anunciou aos deslocados do terrorismo na Província de Cabo Delgado que com o apoio de 100 milhões de dólares disponibilizados pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) “vão começar a ter oportunidade de trabalhar, ter emprego e uma vida melhor”. Celso Correia revelou que o Banco Mundial aprovou uma doação de 700 milhões de dólares para a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN).

Após visitar algumas das novas comunidades erguidas, para acolher parte dos 110 mil deslocados do terrorismo que desde 2017 assola os distritos do Norte da Província de Cabo Delgado, o ministro Correia assegurou nesta quarta-feira (28): “A partir de agora, com este programa que vamos lançar vão começar a ter oportunidade de trabalhar, ter emprego e uma vida melhor”.

 O governante explicou que o programa que vai ser implementado pala UNOPS em coordenação com a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), “vai criar em primeiro lugar 32 mil oportunidades de emprego no sector da agricultura e mais 32 mil em actividades de serviços sociais simplificados”.

 O ministro que tutela a ADIN e o FNDS esclareceu que “para além da emergência, temos várias famílias que estão em situação vulnerável e dependem da ajuda humanitária e este programa tem como objectivo tirar as famílias que estão nessa situação vulnerável para a sua auto suficiência. É um programa de assistência social produtiva basicamente, mas que não deixa de responder as necessidades básicas como educação pela visão integrada do desenvolvimento”.

 “Nos últimos sete meses, desde a constituição da ADIN, grandes desafios levantaram-se: primeiro uma estratégia de desenvolvimento integrado, sem essa não seriamos capazes de ter uma intervenção efectiva; em segundo lugar a capacidade de implementação da ADIN tinha que ser desenvolvida, por ser uma Agência nova; e em terceiro lugar os recursos pois nós temos limitações orçamentais”, lembrou Celso Correia.

 O governante revelou que “A estratégia de desenvolvimento está quase a ser concluída, neste momento existem condições de capacitação da Agência e tivemos esta notícia que o processo de negociação está a correr bem. Nós hoje vamos assinar o Programa dos 100 milhões (de dólares norte-americanos), foram aprovados os 700 milhões (de dólares norte-americanos) e penso que dentro de 1 mês iremos anunciar o restante que fazem 1,1 bilião de dólares”, doados pelo Banco Mundial.

 “Naturalmente não resolve o problema, mas investir 1 bilião de dólares numa região só é inédito em Moçambique e acreditamos que vai ajudar a solução do problema que estamos a enfrentar” asseverou o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural

 O Director regional do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos, Rauner Frauenfeld, disse ter visto nos centros de reassentamento na Província de Cabo Delgado “uma gestão muito organizada dos deslocados com um plano claramente estruturado de como movimentar as famílum as dos campos de trânsito para zonas de assentamento de longa duração onde a ajuda humanitária é provida”.(x)