Numa cerimónia de lançamento de homenagens a Afonso Dhlakama, o atual líder da RENAMO criticou os últimos ataques de dissidentes em Tete. Momade exigiu que Mariano Nhongo integre o processo de DDR.
O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, considerou como desumanos os ataques protagonizados pela autoproclamada Junta Militar da RENAMO na província de Tete e reiterou o convite ao líder do grupo dissidente, Mariano Nhongo, a entregar as armas.
Ossufo Momade falava este sábado (01.05) na Beira à margem do lançamento das celebrações dos três anos da morte de Afonso Dhlakama.
Na passada terça-feira (27.04), um grupo de homens armados disparou contra a residência de um líder local, no posto administrativo de Capirizange, província de Tete. Não houve vítimas. Depois do ataque, o mesmo grupo deixou uma carta identificando-se como integrantes da Junta Militar da RENAMO.
Ossufo Momade voltou a considerar como infundado e sem nexo o posicionamento deste grupo e reiterou o convite para Mariano Nhongo, líder da Junta, e os seguidores a integrarem o processo de desmilitarização, desarmamento e reintegração (DDR) de ex-guerrilheiros.
Homenagens a Dhlakama
A cerimónia contou com a exibição de fotografias e vídeos que retratavam a vida e obra de Afonso Dhlakama, que morreu aos 63 anos de idade.
Afonso Dhlakama morreu vítima de doença no dia 3 de maio de 2018, na serra da Gorongosa, donde coordenava o seu partido politica e militarmente.
As cerimónias estão a ser celebradas sob o lema "Afonso Dhlakama, o pai da democracia". A chamada "semana Afonso Dhlakama" tem o objetivo de homenagear e imortalizar os feitos do antigo presidente da RENAMO.(x) Fonte:DW