MAPUTO — Os ataques terroristas na província de Cabo Delgado agravaram o acesso às fontes de informação em Moçambique, onde os jornalistas têm enfrentado cada vez mais dificuldade de acesso ao financiamento para o exercício da profissão.
Sem financiamento, dizem os profissionais, torna-se particularmente difícil a realização de trabalhos de investigação jornalística.
“Uma das dificuldades que encaro é a questão do acesso às fontes e a sonegação de informação, porque há determinadas informações que são guardadas em segredo, e os jornalistas não podem ter acesso a elas, temos que cutucar e fazer barulho para obtê las," diz Natércia Tomás, da Rádio Moçambique.
António Zefanias, do Diário da Zambézia, com sede na cidade de Quelimane, afirma que “neste país, quando se sai da capital para as províncias, a liberdade de imprensa vai diminuindo; nas províncias, sobretudo com a questão da descentralização, os níveis de acesso à informação reduziram bastante”
E João Chicote, do Diário de Moçambique, editado na cidade da Beira, é de opinião que “ainda persistem as violações à liberdade de imprensa”, sendo exemplo disso “o desaparecimento de alguns colegas na zona norte do país, concretamente na província de Cabo Delgado; a destruição de algumas rádios comunitárias por alguns insurgentes; e a falta de acesso às áreas de conflito, sobretudo na zona centro e norte do país”.(x) Fonte:VOA