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terça-feira, 06 julho 2021 08:15

Separatistas do Tigray Colocam suas condiçoes para cessar-fogo

Combatentes das Forças de Defesa do Tigray , em Mekele, capital do Tigray no final de Junho de 2021. Braço armado da Frente Popular de Libertação do Tigray, que a 4 de Julho de 2021 colocou condições para aceitar o cessar-fogo decretado unilateralmente pelo governo federal de Adis Abeba. Combatentes das Forças de Defesa do Tigray , em Mekele, capital do Tigray no final de Junho de 2021. Braço armado da Frente Popular de Libertação do Tigray, que a 4 de Julho de 2021 colocou condições para aceitar o cessar-fogo decretado unilateralmente pelo governo federal de Adis Abeba.

Os líderes rebeldes do Tigray, estado da federação etíope em conflito com o governo central de Addis Abeba,  aceitaram no domingo o princípio de um cessar-fogo,  mas  colocam condições para a implementação do acto. Entre as condições figuram a retirada das forças do exército eritreu da região do Tigray. 

A  retirada as  forças eritreias, assim  como de grupos de combatentes  que apoiaram o  exército federal no decurso  do conflito que  durou  oito  meses,  da região de  Amhara  é  uma das exigências dos líderes separatistas do Tigray.

No plano político, os  rebeldes da Frente  Popular de Libertação do Tigray (FPLT)  exigem  também o  restabelecimento do  governo do  estado,que foi destituído pelas autoridades federais de Adis Abeba.

No dia 28 de Junho de 2021  depois da retoma de Mekele, capital do Tigray controlada pelo exército governamental desde 28 de Novembro de 2020, pelas forças rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray, o governo de Adis Abeba, decidiu decretar unilateralmente o cessar-fogo.

A  decisão  unilateral do  executivo do Primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed,  foi qualificada inicialmente de  "piada"  pelos sepaaratistas do Tigray que anunciaram a sua vontade de prosseguir os combates contra as  forças governamentais.  

Por  intermédio  de  um  comunicado no  dia 4 de Julho, os rebeldes da FPLT, que governou a Etiópia durante várias décadas, pediram sólidas garantias ao  executivo de Abiy Ahmed, para que segundo eles não volte a acontecer uma nova  série  de  "invasões" do Tigray.

Paralelamente, os rebeldes desejam o restabelecimento das prerrogativas constitucionais  do  governo regional do Tigray para aceitarem o cessar-fogo.

O  conflito na região do Tigray foi desencadeado, em Novembro de 2020, quando o chefe do executivo etíope, Abiy Ahmed, decidiu enviar  as tropas governamentais, para destituir  o governo local liderado pela Frente Popular de Libertação do Tigray.(x) Fonte:RFI

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