Os líderes rebeldes do Tigray, estado da federação etíope em conflito com o governo central de Addis Abeba, aceitaram no domingo o princípio de um cessar-fogo, mas colocam condições para a implementação do acto. Entre as condições figuram a retirada das forças do exército eritreu da região do Tigray.
A retirada as forças eritreias, assim como de grupos de combatentes que apoiaram o exército federal no decurso do conflito que durou oito meses, da região de Amhara é uma das exigências dos líderes separatistas do Tigray.
No plano político, os rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray (FPLT) exigem também o restabelecimento do governo do estado,que foi destituído pelas autoridades federais de Adis Abeba.
No dia 28 de Junho de 2021 depois da retoma de Mekele, capital do Tigray controlada pelo exército governamental desde 28 de Novembro de 2020, pelas forças rebeldes da Frente Popular de Libertação do Tigray, o governo de Adis Abeba, decidiu decretar unilateralmente o cessar-fogo.
A decisão unilateral do executivo do Primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, foi qualificada inicialmente de "piada" pelos sepaaratistas do Tigray que anunciaram a sua vontade de prosseguir os combates contra as forças governamentais.
Por intermédio de um comunicado no dia 4 de Julho, os rebeldes da FPLT, que governou a Etiópia durante várias décadas, pediram sólidas garantias ao executivo de Abiy Ahmed, para que segundo eles não volte a acontecer uma nova série de "invasões" do Tigray.
Paralelamente, os rebeldes desejam o restabelecimento das prerrogativas constitucionais do governo regional do Tigray para aceitarem o cessar-fogo.
O conflito na região do Tigray foi desencadeado, em Novembro de 2020, quando o chefe do executivo etíope, Abiy Ahmed, decidiu enviar as tropas governamentais, para destituir o governo local liderado pela Frente Popular de Libertação do Tigray.(x) Fonte:RFI