O movimento migratório no posto de travessia de Namaacha, que nafronteira entre Moçambique e o Reino de eSwatini, teve um fraco movimento fronteiriço no período entre 26 de Junho e02 de Julho corrente, devido, segundoas autoridades, às manifestações que se verificam naquele país vizinho.
“Na semana finda (26 de Junho passado a 02 de Julho corrente),passaram pelo posto de travessia de Namaacha 1.456 pessoas de diversas nacionalidades,contra 2.135 da semana anterior, uma redução de 32 por cento”, disse quinta-feira (08), na cidade de Maputo, o porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), Celestino Matsinhe, em conferência de imprensa.
Explicou que do total de viajantes entrados, 427 são nacionais e 503 estrangeiros e dos saídos, 226 são nacionais e 300 estrangeiros.
No mesmo período, as autoridades da África do Sul deportaram 162 moçambicanos, sendo 154 através dos postos de travessia de Ressano Garcia e oito por Ponta D’Ouro, por diversas irregularidades.
Cento e sessenta cidadãos foram deportados por migração clandestina e os restantes dois por homicídio voluntário e porte ilegal de arma de fogo.
Dos deportados,161 são do sexo masculino e um do sexo feminino, com idades compreendidas entre 18 e 51 anos,oriundos da cidade de Maputo, províncias de Gaza, Inhambane, Manica e Niassa.
Segundo Celestino Matdsinhe, em igual período de 2020, foram deportados 13 cidadãos que representa um aumento em mais de 100 por cento.
Sobre os 60 moçambicanos deportados pela Áfruica do Sul na segunda-feira (05), sem pré-aviso,violando o entendimento entre os dois países, o porta-voz do SENAMI frisou que os sul-africanos comprometeram-se informar com a devida antecedência, nas proximas ocasiões.
“É uma situação que cria embaraços, porque os cidadãos ficam muito tempo nos postos de travessia a espera que sejam criadas condições para o seu atendimento. É um fluxo grande que está acima daquilo que se verifica neste período da pandemia da Covid-19”, afirmou.- AIM