O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve, esta semana, o cabecilha do grupo dos quatro meliantes que sequestraram um cidadão indiano, no dia 14 de Junho do ano em curso.
O cidadão em causa é parte do grupo de quatro indivíduos detidos há duas semanas em Maputo. O SERNIC desconfia que o referido grupo esteja ligado a mais crimes.
“Este cidadão era elo entre os criminosos moçambicanos e os mandantes indianos, ainda desconhecidos. Ele tinha amizades com alguns cidadãos de nacionalidade indiana e para materializar este crime contactou os cidadãos nacionais que, infelizmente, são agentes do SERNIC e da PRM”, explicou Hilário Lole, porta-voz do SERNIC.
Falando à imprensa, o indiciado não negou, nem aceitou as acusações, porém limitou-se apenas a lançar perguntas sarcásticas aos jornalistas.
Na mesma ocasião, o SERNIC apresentou dois jovens, que foram acusados de burla online, onde, através de perfis falsos nas redes sociais, expunham viaturas a preços aliciantes e desta forma, enganavam as pessoas.
O porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, diz que a corporação recebeu mais de sete denúncias de cidadãos que caíram nestas redes, com valores que variam entre 150 a 300 mil meticais em cada processo.
“Estes dois jovens detidos, dos cinco envolvidos, usavam perfis falsos no Facebook, vendendo carros a preços promocionais para ludibriar as pessoas, que por sua vez faziam depósitos em contas bancárias, mas os clientes não chegavam a receber nem as viaturas, muito menos a reaver o valor”, relatou o porta-voz.
Hilário Lole acrescentou ainda que “os três indivíduos, membros da quadrilha, ainda a monte, já foram identificados e neste momento diligências estão em curso, com vista a neutralizá-los. Relacionado ao caso, temos informação da conivência de alguns agentes bancários, que facilitavam a transferência rápida dos valores e na criação de contas com dados falsos. Já estamos no encalço destes indivíduos”, concluiu.
O SERNIC apresentou, ainda, um cidadão proveniente da cidade de Nampula, capturado em Maputo, por ter passado um cheque sem fundos, para o pagamento de uma mercadoria, o mesmo reagiu: “eu estava sem dinheiro na altura e a pessoa não quis perceber, por isso passei este cheque, mas o assunto já está resolvido com a pessoa, por isso não sei o porquê de estar detido”, desabafou o indiciado.
Ao todo, foram cinco detenções que o Serviço Nacional de Investigação Criminal efectuou na última semana, entre burlas, raptos e emissão de cheques sem provimento. A corporação promete continuar a trabalhar para esclarecer muitos outros crimes e responsabilizar os praticantes.(x) Fonte:OPaís