O representante da UNESCO em Mocambique está preocupado com a instabilidade e a crise humanitária provocada pelos grupos terroristas na província de Cabo Delgado. Paulo Gomis garantiu que a organização vai continuar a trabalhar em parceria com outras agencias, para angariar ajudas para os mais necessitados.
O terrorismo e as suas consequências estão a preocupar a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura(UNESCO) revela o seu representante em Mocambique, Paulo Gomis.
A situação desencadeada pelo terrorismo em Cabo Delgado, assim comlo outros males que apoquentam o país, leva a Unesco a reiterar a sua disponibilidade em continuar a prestar o seu contributo.
A agência da ONU especializada na educação, ciência e cultura, assegurou que perante a instabilidade provocada pelo terrorismo na província moçambicana de Cabo Delgado, mais acções serão levadas a cabo para angariar apoios para os mais de 700 mil deslocados dos ataques terroristas.
A Unesco, em conjunto com o ACNUR, continuará a prestar o seu apoio técnico e a mobilizar recursos, criando parcerias no contexto de implementação do plano quinquenal do governo moçambicano.
Paralelamente, chegou no dia 9 de Julho de 2021 ao aeroporto de Pemba, em Cabo Delgado, o terceiro vôo da Ponte Aérea Humanitária da União Europeia transportando diversos bens oferecidos pela Itália e Portugal, para assistência às populações vítimas da violência armada e da Covid-19 em Cabo Delgado.
De notar que os primeiros dois vôos chegaram nos dias 3 e 4 de Julho a Pemba , em eventos testemunhados por representantes da União Europeia, Portugal, Itália, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Mocambique, bem como autoridades da província.
Por outro lado, refira-se que no aspecto militar, o Ruanda anunciou hoje que vai enviar mil soldados a Cabo Delgado, para ajudar as Forças Armadas moçambicanas a lutar contra o terrorismo. "A pedido do governo de Moçambique, o governo do Ruanda começa hoje o envio de um contigente de 1.000 elementos pertencentes às Forças de Defesa e à Polícia Nacional do Ruanda", anunciou em comunicado o governo de Kigali.
O contingente ruandês vai cooperar com as Forças Armadas moçambicancas e com as forças da SADC "em sectores de responsabilidade designados", indica ainda o comunicado. Este anúncio acontece pouco depois de ter sido decidido no mês passado o envio de uma força regional da SADC para o norte de Moçambique em apoio do exército moçambicano.(x) Fonte:RFI