A Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos exortou esta segunda-feira (12) a comunidade internacional a “financiar processos abrangentes” e adoptar “uma vasta gama de medidas de reparação” relativamente aos legados da escravidão, domínio colonial e discriminação racial.
Michelle Bachelet apresentou, em Genebra, Suíça, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU um relatório histórico sobre o tema e cuja investigação se iniciou após o assassínio do negro norte-americano George Floyd, morto por um polícia branco em Maio de 2020, em Minneapolis.
A alta-comissária da ONU recomendou que os países “criem, reforcem e financiem totalmente processos abrangentes - com plena participação nas comunidades afetadas - para partilhar a verdade sobre o que foi feito e os danos que continuam a infligir” às vidas das pessoas.
“Estabelecer a verdade sobre esses legados, o seu impacto hoje e tomar medidas para lidar com esse dano através de uma ampla gama de medidas de reparação é crucial para curar as nossas sociedades e garantir justiça a crimes terríveis”, disse Bachelet.
“As medidas tomadas para lidar com o passado transformarão nosso futuro”, acrescentou.
O Conselho de Direitos Humanos encomendou o relatório durante uma sessão especial no ano passado após o assassínio de Floyd. O polícia Derek Chauvin, que matou Floyd, foi condenado a 22 anos e meio na prisão no mês passado.
O encarregado de Negócios dos EUA em Genebra, Benjamin Moeling, saudou o "relatório perspicaz e directo" numa declaração em vídeo ao Conselho.
“Os Estados Unidos estão a enfrentar esses desafios, em casa e no estrangeiro, de forma honesta e transparente, enfrentando as questões subjacentes à discriminação racial e ao uso excessivo de força pela polícia”, disse Moeling.(x) Fonte:JNotícias