A África do Sul, vive nos últimos dias um Estado crítico, com ocorrência de violência e as pilhagens que duram há quase uma semana nas províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal, tendo já provocado mais de 70 mortes.
Forças do Exército foram destacadas para ajudar a polícia a controlar a situação. O ministro da Polícia sul africana, Bheki Cele, explicava que "a situação actual no terreno está sob forte vigilância" e que irão assegurar-se "de que não se deteriora mais". Acrescentava não poderem "permitir que se goze" com o "Estado democrático" e que irão instruir "os organismos que aplicam a lei a duplicarem os seus esforços no sentido de acabar com a violência e de aumentar o número de efetivos no terreno".
As manifestações violentas incluem vandalização de centros comerciais, lojas de rua, supermercados pilhados, estradas bloqueadas, refinarias de petróleo encerradas. A polícia diz estar a usar balas de borracha para travar os saques e em consequência da acção policial, mais de 1200 pessoas foram detidas.
O presidente da Câmara de Comércio de Joanesburgo, Shawn Theunissen, diz que a situação já era dramática, mas que agora é pior e que há empresas em risco de encerrar e postos de trabalho.
A África do Sul foi duramente atingida pela terceira vaga da pandemia de Covid-19, com o desemprego a disparar para 32,6%.
A violência na África do Sul, alimentada por uma crise económica profunda, intensificou-se com a condenação do ex-presidente Jacob Zuma a 15 meses de prisão por recusa repetida de testemunhar num processo sobre corrupção durante o seu mandato.
O partido da oposição Aliança Democrática anunciou que vai apresentar queixa contra vários dos filhos de Zuma, por apelarem aos distúrbios.(X Fonte: Euronews e SABC