No que diz respeito aos mercados, dados do inquérito indicam igualmente que a seropositividade é heterogénea e na maior parte deles é superior que a taxa encontrada na comunidade. Segundo o estudo, os mercados mais afectados são o Mercado de T3, Trevo e o mercado Vale do Infulene, com a taxa de14.29 porcento, 13.16 e 10.64 porcento, respectivamente.
Na comunidade, onde a seropositividade é de 3.5 porcento, os bairros da Matola “B”, Fomento e Cikwama, destacam-se como os locais mais expostos no posto administrativo da Matola Cidade.
Em representação do Ministro da Saúde, o Director Geral Adjunto do INS, Eduardo Samo Gudo, referiu que desde o início da pandemia, Moçambique apostou no uso de evidencias científicas para combater o avanço do vírus que causa a COVID-19. Segundo o dirigente, os dados do oferecem os pontos críticos nos quais as acções de resposta à COVID-19 devem ser focalizadas.
Estatisticamente, “no Distrito da Matola, um em cada 27 indivíduos já esteve exposto ao novo coronavírus, situação que coloca o distrito como um dos locais com a seropositividade mais alta ao nível do país”, esclareceu Samo Gudo.
No mesmo contexto, o dirigente lembrou aos presentes que sob ponto de vista geográfico, Matola tem uma comunicação bastante forte com a Cidade de Maputo e a República da África do Sul, locais onde a seropositividade é igualmente maior.
A realização do Inquérito Seeoepidemiológico sobre a Covid-19 na Matola tinha como objectivo identificar os locais de maior circulação do vírus, bem como os grupos profissionais mais expostos, para além de detectar os novos focos de transmissão.(x)