O director distrital da Saúde, Mulher e Ação Social de Pemba, Armindo Chicava, diz-se surpreendido com a situação e alega que a EDM nunca teria notificado o setor da saúde sobre eventual irregularidade de consumo da corrente elétrica.
"A 14 de outubro, constatei que a energia que era fornecida ao centro de saúde de Cariacó era fraca e alguns equipamentos não estavam a funcionar adequadamente. Fiz uma carta dirigindo a EDM para a mudança de monofásico para trifásico."
"A resposta que eles deram é que na carta deveria ser anexado o projeto. Nós achamos que o processo ainda estava em curso e em nenhum outro momento a EDM nos notificou de que a energia era consumida ilegalmente", adianta.
Este episódio, segundo o diretor da EDM, despertou a atenção da empresa que promete nos próximos tempos intensificar as atividades de inspeção noutras instituições públicas ao nível da província.
Inspeção vai intensificar-se
"Este é o primeiro caso [de consumo ilegal de energia] numa instituição pública este ano. Não desejamos que isto aconteça. Vamos fazer inspeções em quase todas as intuições públicas e esperamos não encontrar este tipo de caso. Se formos a encontrar, vamos tomar medidas administrativas", avança Gildo Marques.
A inspeção a grandes consumidores da EDM começou recentemente em Pemba e deverá chegar também aos centros comerciais, grandes armazéns e entre outros clientes enquadrados, que consomem a corrente elétrica fornecida pela EDM.
Antes disso, a inspeção esteve focada às instalações domésticas. Neste grupo de clientes, a EDM fala em prejuízos de mais de 4 milhões de meticais (44.943,82 euros), também em consequência de ligações clandestinas a corrente elétrica.
"Estamos a penalizar, algumas multas estão sendo pagas e outras estão em processo. Aquelas que são pagas o que fazemos é a devolução de energia ao cliente. Para os clientes que não conseguem pagar dentro dos prazos, levamos o processo ao tribunal", esclarece o diretor da EDM em Cabo Delgado.(x) Fonte: DW